quinta-feira, 19 de abril de 2012

"Dor"



Dor! Quem te quer habitar?
Quem quer fazer parte das tuas colinas?
--Segmento a segmento--
Há uma dor que teima em ficar
Porque não ficam as dores perdidas
Lá atrás do tempo e não voltarem ao tempo...
E, provo da dor em hectares de saliva
Rasgo o vento de pedra rude e pesada 
Atalho caminhos na lentidão
Batalho a dor em ti talhada
Quando os teus olhos tristes
Choram no meu coração...
Dor! Eu quero-te confinar ao vento
Numa noite que seja fria
Sem usar nenhuma palavra - Que voem para longe
As tuas metastases, em vez de dor eu via 
As árvores onde há sol e os pássaros
Cantam a dança da chuva por todo o tempo 
E a matéria que a molda, seja áspera
E, suficientemente madura
Que a ti dor! te derrota
Sejas tu dor! um pássaro sem retorno
Que te doam as asas
E em ti as folhas tombam...
Dor! Quem te quer ter por perto?
Quem quer viver no teu deserto
Tu dor! envenenas um corpo são
Dás sofrer a uma alma mas, não matas a minha união.
Quero dançar a chuva de mim e de ti
Sorrir ao sol que um dia te viu nascer
E tu dor! que agora habitas em mim
Hás-de tu um dia!... desvanecer.

Escrito por: Angelina Alves







1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada pelo acolhimento.Vc nem imagina o quanto me fez bem.

Que seu sábado seja repleto de ternura.

beijo