Os
dias de verão estão a terminar como um reino
Não
te apresses Outono para os desenhos da luz
O
sol ainda demora, ainda não chegou
A
esta doçura matinal que meu cheiro respira
Indecisa,
colho a haste débil que parou
No
vento suave da colorida resina.
Quero
moldar o meu espaço:
Da
cor do sol a clara, espiga do dia
Um
raio de sol chega
E aquece o meu corpo numa linha viva.
Há
palavras no branco alento de ti, puro
Os
desenhos da luz mostram-me a tua cor
Nas
persianas ondulantes em listas de luz
Cantam
em melodia todos os pássaros
Entoando
harmonia neste silêncio cálido
A
folha alta cresceu, fez nascer o dia
Em
silêncio de bloco transparente
Tudo
revive no que em ti eu vejo
Mesmo
na margem branca intransponível
Mesmo
no monte árido
Onde
não há sol, mas há vida
Há
um sol quente
Completamente
invisível
Hesito,
falho e sempre recomeço
Vem
a noite e vem o dia
E
todo o sol em luz dá vida
Há
vida nas palavras escritas em verso.
Escrito por: Angelina Alves