sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"UMA CONVERSA COM DEUS"

Meu Deus: Faço-te confidência da minha tristeza com as minhas palavras a ti dirigidas cheias de lágrimas. És meu Pai e, como meu Pai!sei que olhas por mim, que me proteges: Alivia-me esta minha angustia que sufoca dentro do meu peito; Dá-me forças para suportar o fardo que está tão pesado, que quase me derruba nesta minha caminhada tão conturbada. Falo-te por entre lágrimas que já queimaram o meu rosto, com dores que já me deixaram cicatrizes, com lutas que quase já me levaram à exaustão e, eu, continuo tão crente em ti, como sempre, porque Tu! És o meu Pai. Peço-te ajuda para que minha alma se inunda de paz e assim apazigue o meu coração. Apaga do meu rosto este ar de sofrimento: Senta-te a meu lado e deixa que eu sinta uma brisa suave limpando minhas lágrimas deste rosto tão cansado.Esclarece-me meu Deus com um raio de esperança todas as minhas dúvidas para que eu possa seguir um caminho ainda que espinhoso, seja o certo. Tem sido esta minha caminhada tão conturbada e, nem mesmo sei se este é o caminho certo para chegar a Ti!...
Até a natureza parece tomar parte da minha tristeza. Há dias em que o sol esconde os seus raios e cai uma chuva torrencial em torno de mim. Tu! conheces bem o teor das minhas palavras; Pois tu! tudo sabes, tudo vês. Será a natureza, a natureza da minha alma? Pois tenho notado que em todas as circunstâncias graves da minha vida, olho a natureza como a imagem da minha alma e assim choram os céus esta chuva de torrências.
Quando chorar, deixa que o céu chore comigo e, não deixes que nuvem nenhuma obscureça o azul do firmamento e eu tenha forças para levar nesta minha caminhada este meu pesado fardo. 


Quero sorrir ao olhar a lua
Quero ver o sol, a natureza
Com olhos de menina pura
Ser menina, mulher beleza.

Beleza na alma e no coração
Caminhar com alma de guerreira
Viver com muita emoção
E ver o sol na Terceira.

Terceira a minha ilha de ileição
Mar azul terra quente
Onde meu sonho de afeição
Nasceu naquele continente.

Pela areia descalça caminhnei
Sonhos de cereias vividos então
O tempo passou e tudo deixei
Ficou por lá meu o coração.

Hoje sou apenas reflexo do tempo
que nunca apagado nunca esquecido
Sou a hás-te levada pelo vento
Dum barco no cais deixado sozinho.

Sou amor, sou fé, sou  a alegria
 Sou a chuva  sou o sol sou o vento
Sou pedaços de alguém de outra vida
Sou o tempo, de outro tempo e tempo.

(Angelina Alves)

 





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