sábado, 6 de agosto de 2011

"Candura de um olhar"


Viverei dia após dia e mais uns instantes
Aspirar livremente um ar suavizado
Vogar  nas ondas do mar deslumbrantes
Viverei cada dia tendo-te a meu lado.
Lê meu hino de amor: o mistério que encerra
Soletro o teu nome apenas com olhar ligeiro
Oh! como vejo fluir o céu na terra
Amar sorrir falar de nós ao mundo inteiro.
Tinha então meus quinze anos
Flor leal de mimo e candura
Jurámos amor eterno em nossos planos
Ansiei consagrar a ti minha alma pura.
Olhas-te a minha inocência o amor que ardia em chama
Meu sorriso  de anjo  nos teus olhos poisou
Leve como uma pena a ti se elevou minha alma
Os céus o mar a terra o nosso amor testemunhou.
Subimos as mais altas montanhas
Sem nunca perdermos a fé em Deus
E do fundo das nossas entranhas
Vidas sonhos que eram meus e teus.
E nesta terra abençoada as nossas raízes nasceram
Sempre com a esperança de as ver florir
Desabrocharam  na terra firme que os viu crescer
Nossos filhos abençoados em primaveras sempre a sorrir.
Viverei dia após dia mais um dia mais uns instantes
Cada dia meu é teu e eu te inundo de ternura
Em silêncio minha alma por ti chama ampla desnuda
Viverei para te amar tanto e tanto hoje como dantes...

(Angelina Alves)

1 comentário:

Penélope disse...

Que candura de poema!



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