terça-feira, 20 de setembro de 2011

"Onde há luz há vida"

(Esta imagem foi retirada da net)
 
Os dias de verão terminam como um reino

Não te apresses para os desenhos da luz

O sol ainda demora não chegou

A esta doçura matinal que meu cheiro respira

Indecisa colho a haste débil que parou

No vento suave da colorida resina...

Quero moldar o meu espaço:

Da cor do sol a clara espiga do dia

Um raio de sol chega

E, aquece o meu corpo numa linha viva.

Há palavras no branco alento de ti, puro

Os desenhos da luz mostram-me a tua cor

Nas persianas ondulantes em listas de luz

Cantam em melodia todos os pássaros

Entoando harmonia neste silêncio cálido

A folha alta cresceu fez nascer o dia

Em silêncio de bloco transparente

E, tudo revive no que eu escrevo

Mesmo na margem branca intransponível

Mesmo no monte árido

Onde não há sol nem alegria

Há um sol quente

Completamente invisível

Hesito, falho e sempre recomeço

Vem a noite e vem o dia

E, todo o sol em luz dá vida

Há sempre vida neste Universo.

(Angelina Alves)


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