sábado, 25 de fevereiro de 2012

"MAR MEU MUNDO"


Ao longe sempre o mar meu mundo
Numa cor azul nítida e denso
Guarda os meus segredos bem lá no seu fundo
Transpira para mim sua maresia em silêncio.
Brancas são as suas lindas areias
Que servem de manto nos meus ombros cansados
Enfeitiçados os sonhos de todas as sereias
Que como eu sentem do mar o seu amor aliado
Ao longe sempre o mar de mundos transparente
Brotam flores multiplicadas de mil cores
Há um arco-íris sempre presente
Mar dos meus encantos dos meus amores
Ao longe sempre o mar o meu mundo
Toco-te com o olhar e com a palma da minha mão
A tua frescura aquece o sangue nas minhas veias
Dás vida à minha alma e ao meu coração
E limpas o pó criado por tantas e tantas teias
Espalho meus pensamentos nas tuas areias
Tenho-te em meus sonhos profundos
Segredo para ti meus sonhos como todas as sereias
Olho a terra e olho o mar como que sejam dois mundos
Adormeço no teu leito, deixo esvoaçar os meus cabelos ao vento
Para ti, meu amado mar os meus olhos sempre presentes
Para ti, eu me calo, eu me entoo melodiosamente em contento
Em ti me revejo  me refresco nas tuas águas transparentes.

Escrito por: Angelina Alves


sábado, 18 de fevereiro de 2012

"EXTRATOS"


(Esta imagem foi elaborada por Ana Paula) 

Tu foste o meu tudo, o meu tempo, o meu anjo que em redor de mim me amparavas e mimavas tão docemente. Davas-me um puro mel embebido nos teus doces beijos que alimentavam todo o teu encanto na minha vida. Tu, que distribuías por todos os dias, as águas puras que colhias por tua boca das fontes que só tu conhecias por onde se escondiam nos vales infindáveis de nossas almas. Tu, que distribuías por todas as estações as mais belas flores de todas as primaveras e enfeitavas de jasmim os degraus por onde subias para chegares junto de mim. Tu, eras o meu pão e o meu vinho na minha mesa de manjar; Tu, eras o meu céu, a minha terra, o meu  mundo de habitar. Tu, que amanheces por detrás de cada poema meu, cada verso que nasce é sobre o reflexo do teu olhar, que amanhece no dia e adormece na  noite do meu luar. A grandeza que ficou do sopro que me deste, na vida onde me enalteces-te em toda as horas, em todos os dias, em todos os tempos....
Depois, Ah! depois...
Depois vem a noite do incessante desgaste do silêncio onde tu, ainda amanheces por detrás de cada poema meu, onde eu, espero pela luz da luz e de infinito. Atravesso os vales do infinito por onde andamos de mãos dadas dançando as melodias dos pássaros que, cantaram para nós, nas nossas infindáveis esperanças renovadas  em cada amanhecer. Devagarinho ergo o meu olhar pelo mar e chegam as ondas em meu despertar; Aquela imagem inacessível, casta  de ti, em meu pensamento faz-me pulsar de alegria e até de impudor: Arde o meu corpo mordido por flores de água. Grita-me a noite, acorda-me e trespassa-me silenciosamente até de-madrugada....

Escrito por: Angelina Alves


sábado, 4 de fevereiro de 2012



(Imagem elaborada e oferecida pela querida Mada)

Rego lentamente as flores do teu sorriso
Para que na vida floresça o grão e o trigo
Quero manter acesa a fogueira onde me abrigo
Onde está o nosso templo, nosso sonho vivido.
E, os ventos campestres, o lume e a neve
Que me transporta para um infinito saber
Onde tu! meu amparo minha vida meu leme
Sorris-te para mim mesmo antes de eu nascer.
Olho as paredes vazias sem quadros de valor
Percorro todas as salas pé ante-pé em silêncio
Memorizo cada gesto teu  quando a rigor
Me olhavas e falavas, ah! que amor intenso.
Há uma sala intacta povoada no meu coração
Aquela onde tu ligas-te a ponte a uma estrela
 O símbolo da nossa vida  era de amor e razão 
Prometeste-me, que eu sempre iria vê-la.
Silêncio o risco fino do silêncio
Ouço a melodia do cantar dos pássaros
Que me traz a franca esperança eternamente
Deixo-me a planar num fogo brando de desejo
Às flores do teu sorriso elevo os meus abraços
Onde me sinto mulher de corpo e alma simplesmente.....

(Angelina Alves)



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012



"Esta imagem foi retirada da Google)


“Aprendi”

Viver dias sem folhas, despidos
Gente com dor no peito instalada
Aprendi a por meus olhos erguidos
Vi a dor em cada rosto rasgada…
Aprendi a não virar a cara para o lado
A dar a mão a alguém que chamava
Por socorro num tom abafado
Uma guerra que alguém aclamara.
Aprendi a atravessar montanhas
Pelos ventos cortadas
Em lâminas de dor tamanhas
Em melodias de fogo cantadas.
Aprendi a encher de sorrisos os dias
A por na tristeza, aromas perfumados
Aprendi a fazer das tristezas alegrias
Do dor, fiz  vales encantados.
Aprendi a cor dos Mares do Céu e da Terra
Aprendi a melodia dos pássaros
Que dia a dia me trazem a primavera
Com mil sorrisos com mil abraços.

(Angelina Alves)


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


(Esta imagem foi retirada da Google)

Os minutos passam despidos
Há uma dor no meu peito instalada
Estão meus olhos erguidos
Para Ti, Meu Deus de noite, à madrugada.
Mando-te um recado
Que chegue a ti voando
Nas asas do vento soprado
Atravessando as montanhas
Pelo vento cortado
Em lâminas de cristal
E num azul aveludado
Para aliviar o teu mau estar
Juntem-se as almas
Em melodias conectadas
Pelos anjos no templo.
Que chegue a ti
O meu recado
Num pensamento de amor
Que alivie a tua dor
Minha filha, meu amor aliado.
Mando-te um recado
Conectado por todo o Universo
Em aromas perfumado
Meu desejo é de ti estar perto
E ver o teu mal terminado.
Mando-te a força dos rios
A beleza dos verdes vales
Mando-te todos os sorrisos
Dos céus na terra e nos mares.
Mando para ti um recado
Saído do fundo da minha alma
Melhora minha filha amada
Por ti eu choro, eu canto, eu rezo eu, calo…

(Dedicado à minha amada filha)

Escrito por: Angelina Alves