sábado, 23 de junho de 2012

"ETERNIZO ESTE INSTANTE"


(Imagem retirada da Net)

Olho a terra oscilante entre o dia e a noite
Que se mantém firme no solo
Inconstante no mar
Através deste tempo que nos une
Que nos separa
E que me faz ouvir a cântico dos pássaros
Que dançam um yé-yé que me encanta e ampara.
Eternizo este instante com todo o cuidado de que sou capaz
Como que já tenha vivido este instante
Há séculos e séculos atrás
E tu, que suportas-te a noite e o longo dia
Ouvis-te comigo o cântico dos pássaros
Assim permanece e petrifica a alegria
Nos teus dias felizes em todos os teus passos.
Estes dias foram teus, absolutos
E meus também, foram densos e tensos
 Foram surdos e foram mudos
Foram cheios de sofrimento, de espera e ansiedade
Até que ouvimos o cântico dos pássaros
Que sobrevoavam por cima de nós, por cima do rio
Dançam em sintonia e com beleza o yé-ye da liberdade
Vive a flor da semente entorpecida
Da terra oscilante. A esperança  estava por um fio
Agora seguro a tua mão - de novo - renascida.
A mesma origem. O mar que nos inunda
Que nos lava as as feridas da vida
Ontem, como hoje. Eu, tu! Nada muda.

(Escrito por: Angelina Alves)




sábado, 9 de junho de 2012




(Imagem retirada do Gougle)

De repente, a tarde, o dia ficou escuro cinzento
Caia uma chuva cristalina vista pela minha janela
As montanhas lá ao fundo perdiam-se com o vento
Soprava forte, mas, a tarde, não deixou de ser bela.
Um cheiro a terra molhada chegou às minhas narinas
Unindo-me ao dia e à sua vida sentida em expulsões
 Em círculos de amor nos corações de todas as vidas
Nas estrelas, nos astros e em todas as constelações.
O sol! escondera-se para lá da montanha triste
A chuva caia na minha rua, por toda a minha cidade
Molhando os vales, a terra seca que tu um dia viste
E, cai a chuva neste dia de cor cinza, fim de tarde.
Abraço este dia através da paisagem que avisto
Aqui da minha janela.Toco o céu em pensamento
E, chego a ti - Meu Anjo - Chego ao teu sorriso
No vermelho das rosas e dos astros me antevejo.
Mesmo ao fim da tarde, o arco-íris aparece
Sobre as montanhas veladas de bruma
Ouvem-se os tambores. O sol no alto, desce
Há festa na minha cidade banhada de água luna.
Ao fundo a ponte milenária, a que me traz, a que me leva
A que me funde em  Graça e me revela
Todos os segredos da minha cidade, livres e intensos
E reflecte todas as luzes sobre o rio, absolve os ventos densos
Reflecte no seu espelho de água a calma dos vales e suas costa, neves
Assim passa a tarde cinzenta que tu e eu sabemos
Os búzios na minha mão trazem-me o som do mar e suas vestes
Aquecem-me nesta paz, nesta doce magia, que ambos bebemos

(Escrito por: Angelina Alves)










sexta-feira, 1 de junho de 2012

"Olho o sol"




Olho o sol cortado a diamante
Que aquece a terra, aprofunda o dia
Aquece a água do mar confiante
E enche o coração de alegria.
Olho o sol que aquece as areias
Das praias onde deito o meu corpo
Descanso a minha alma olho as sereias
Adormecidas no mar, no leito do seu dorso.
Cantam a melodia dos pássaros que planam nos céus
Dançam na chuva de orvalhos de todas as cores
Olho o sol pela janela dos olhos, meus e teus
Ah sol! Corações, vidas, amores
A ti sol! Eu brindo à tua divina presença
Tu que fazes cada hora do dia ainda mais bela
Brilhas nos corações de uma forma tão intensa
E pintas de multi cores a vida no fundo de uma tela
Como que esta vida seja passada em fragmentos
Ténues, brilhantes de grande profundidade
Procuro-te e sigo-te em todos os momentos
Sem ti sol! sinto na vida a minha fragilidade.
Olho o sol que se abre por toda a terra
Dá vida a todas as raízes de sonho
Nasce a flor no asfalto em cada Primavera
Vivo, ouso no teu sorriso - Amor que em tudo ponho.
Acordo com o brilho do sol na minha alma
Serena olho o dia que acaba de nascer
Beleza viva luz suave. Eu, grata
Ao sol que brilha - na vida de cada ser.

(Escrito por: Angelina Alves)