Escrito quando a minha querida filha adoeceu e, eu tinha muitas esperanças da sua cura. Quis Deus levá-la para junto Dele" A 24 de Janeiro de 2013.
(Reeditado)
De
quando em quando retrocedo no tempo, gosto de evocar a tão grata recordação dos
tempos em que vivi na minha adolescência com a minha querida avó, e o quanto
foi dolorosa a minha separação aquando da sua morte. Quando ela falava comigo,
quase segredando-me ao ouvido e muito aconchegada ao seu peito. Um dia
quando partir para um lugar longínquo, é meu desejo proteger-te sempre: Sempre
estarei por perto de ti, basta chamares por mim e eu estarei por perto. Oh! quantas
vezes chamei por ti minha querida avó e nunca os meus olhos te viram ou
ouviram. Hoje consigo entender as tuas palavras porque elevo para ti o meu
pensamento de uma forma mais atenta, mais suave, mais tranquila e, de uma certa
maneira até consigo sentir a tua presença...o cheiro a rosas em certas alturas
e o cheiro do pão quente: Eu sei que estás por perto. Hoje já não tenho
angustia no meu coração, aceitei a vida tal como ela é, sem exigir o que não
posso exigir, passei a estar atenta: muito atenta aos sinais que: ainda tenho
muita dificuldade em os entender mas, tenho-me esforçado o suficiente para
entender o quanto é maravilhosa esta vida e agradecer tantas vezes a Deus pelo
privilégio que me deu em nascer aqui, para me conhecer e crescer como um ser
humano de bem. Muita coisa tenho aprendido mas, nunca é o suficiente, para
parar, pois a aprendizagem terá de ser constante e sempre com o mesmo afinco. A
doença da minha filha querida encheu-me de tristeza, o desapego do meu querido
filho juntamente com o seu silêncio tem sido muito complicado. Mas também ao
meu querido filho estou a dar-lhe tempo. Ele sabe bem o quanto o amo e ele,
está no meu coração bem juntinho com a sua irmã, apesar de muitas vezes ela
dizer que eu gosto mais da irmã que ele. Claro que não, amo ambos, mas, a
doença da minha filhota faz-me estar mais de perto dela, mas no meu coração de
mãe, estão ambos sempre com o meu pensamento cheio de amor por ambos.
Recordo-me sempre com a ternura com que tu me tratas-te sempre, o amor com que
sempre me consolas-te, tal como uma mãe consola os seus filhos.
Tenho
tido dias de lágrimas: Tenho tido dias de muitas bênçãos também. Enquanto o sol
iluminar a Terra, a minha alma vai amadurecendo. Oh! minha querida avó, como
gosto de escrever sobre ti e para ti...
Oh! como é doce lembrar os tempos
Da minha infância da vida em flor
Tempos de inocência arminhos
Tu me acompanhavas nos caminhos
E enchias a minha infância de tanto amor.
Por isso embora tão pequenina
Lembro de teus afectos falavas de Jesus
Agarravas na minha mão e prometias
Proteger-me nos passos que a vida conduz.
Foi na primavera da minha vida
Quando a rosa foi desfolhada olhei o céu
E senti-me protegida calor imenso
Um calor que só podia ser o teu.
Mas, ficou ainda meu coração exilado
Ficaram também meus olhos a lamejar
Ficou minha alma, presa num tempo parado
Até de novo me voltar a encontrar.
1 comentário:
Minha querida entrei aqui sem saber como, estava a ver como deveria mudar o visual na minha página, mas perdi-me na tua leitura, em tudo o que dizes na tua tristeza e fé.
A fé que me abala... pois no momento a minha fé ando afastada de mim.
Fiquei muito contente de ver este cantinho, e virei cá mais vezes apesar do meu blog ter ficado esquecido completamente, perdi a vontade de escrever, fico com medo do que possa sair.
Beijinhos de luz amiga fica bem
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