Lágrimas ocultasSe me ponho a cismar em outras erasEm que ri e cantei, em que era querida,Parece-me que foi noutras esferas,E a minha triste boca dolorida,Parece-me que foi numa outra vida...Esbate as linhas graves e severasQue dantes tinha o rir das primaveras, E cai num abandono de esquecida!O meu rosto de monja de marfim...E fico, pensativa, olhando o vago... Toma a brandura plácida dum lagoNinguém as vê cair dentro de mim!E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguém as vê brotar dentro da alma!Florbela Espanca
Apenas o caminho do amor nos permite reconstruir e modificar tudo aquilo que se alterou em nossas vida.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
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