Vi nos teus olhos
A tristeza dos campos
E dos vales sombrios
Senti a tua alma seca
Como um rio sem água
Pudesse eu a ti confessar
A minha tão grande esperança
Pudesse eu comungar
Contigo todos os dias da nossa vida...
Olho a tábua
Seca moldura abandonada nos rios
Que em cada corrente
Choram os meus olhos
Choram por ti lágrimas e prantos
Fechou-se a pedra no hermético canto
Perdeu-se em ti a alegria
Que girava em torno de nós...
As palavras vagueiam entre a terra e os céus
Como cristal destilado
Separados ficamos sós
Conhecendo o deserto de nossos corpos
A ti a vida me havia ligado
Com ténues véus
Embalsamou uma dor
Que nos liga para sempre
Pois nunca morre o nosso amor...
Veio a sombra dos vales
Ouvi-a por ti a chamar
A magia da vida deixara-te
Embriagada andei, andei às cegas
Trilhei contigo a morte
No sol nos mares
E, nos vales das sombras
Cansada dessa falsa luz
Deixei-me ir à sorte
E deixei-me fluir na macieza de um sonho...
Tento olhar a vida
Que me ensinas-te a viver
Tão cheio de ciência e de saber
Tu, meu sol minha maresia
A minha alma resgatou-me na minha essência
Iluminando a minha consciência
Nas sombras dos vales fez-se luz
E pelos mais belos atalhos me conduz.
(Angelina Alves
2 comentários:
Angel! amiga querida.Saudades!!!!
Bela poesia amiga.Eu tive uns contra-tempos,mas sempre q posso quero ver seu lindo cantinho.
Vi nos teus olhos..e aqui deixo prá vc.
Vi nos teus olhos o seu viver por mim.
Vi nos no seus olhos o almejar da vida na minha vida.
Bjs e uma semana abençoada pra vc.
E num único olhar podemos viajar em imagens que nos dizem tantas coisas.
Eu adoro os olhos...
Abraços
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