(Esta imagem foi-me oferecida pela querida Mada)
Era tudo tão simples quando nos esperávamos tão disponíveis um para o outro: Éramos como duas almas em uma só, entendíamo-nos apenas com o olhar e, conseguíamos falar um com o outro, muitas vezes sem serem preciso palavras. Perdia-me nos teus olhos negros, profundamente doces. Reflorescemos em glória no cantar da nossa sábia adolescência nos ritos de Vénus e Júpiter: O nosso amor fez arder os bosques de nossos corpos, quando nossos olhos respondiam em desejos de lume. Eu, fui a tua rosa aquecida no teu fulgor: Celebramos a vida no templo onde os astros desceram ao firmamento. Fomos ungidos de perfumes sagrados que reflorescem ainda hoje no nosso amor ardente...Sou a tua deusa que te ama e suspira e em desejo, morre e sonha. Tu, és a minha vida e o meu alimento. Ó frescura da flor e o sol quente que a devora: Ó fogo que queima nesta hora...
A manhã trouxe as folhas de ti; o sonho tocou a flor no asfalto: Evasiva a flor olha o sol, toca-lhe o pensamento, segue o voo da ave: Há um grão de areia fiel numa praia imensa. Chegou uma branca neve com o nome de uma paz desconhecida e um silêncio breve; A presença da vida.
Escrito por: Angelina Alves
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