(27 de Março de 2012)

A Feizy a minha cadelinha amiga inceparavel, a mãe da Luna morreu. Dezassete dias a tentar que o seu coração já cansadito aguentasse, mas não houve recuperação, a sua isuficiência cardiaca não a deixou viver mais. Sentimos falta dos nossos familiares, amigos, e, eu sei o quanto os animais são nossos amigos. Eu pensso que a minha cadelinha esperou que a sua grande amiga chegasse a casa para se despedir de mim e assim aconteceu.A Feizi fazia 15 anos em Junho. Foi uma grande amiga e companheira durante estes anos todos, mas a vida é assim mesmo: oa animais também sofrem quando morrem e nós tambem sofremos quando os perdemos. Hoje estou triste sim, perdi uma grande amiga de quatro patas. Fica a Luna, a sua filha que tambem está triste...

Escrito por: Angelina Alves

O tempo: Ah! como o tempo é rude

E a vida! A vida é escassa.

Contudo nosso é o ar luminoso

É nosso o sonho que nos ilude

A cada instante que passa

Mas, que nunca  morra o sonho.

Nossos são os brilhantes frutos

Que colhemos da nossa Terra

Doce é a áspera canção

Que nos acolhe, que nos dilacera

Por entre as urzes e os arbustos.

Oh! tu brisa que és fresca, que és leve

Sê tu a pomba branca a amiga ondulante

A aminha cúmplice companheira efémera

O meu sol, o meu luar o meu fruto verde

O meu alimento de alma constante

Sê a minha força, sê a minha Terra.

O tempo: Ah! que como o tempo é rude

Como é precário tudo o que somos

Mas, é bom o tempo que passamos

Com os pássaros, com as flores

A vida, o amor que em tudo pomos

O bem que semeamos por onde andamos

Os bons frutos que colhemos, os bons odores.

Canto no meu tempo a minha sábia adolêscência

Vivo a minha Gloria nos ritos de Vénus que refloresce

Que se abra de fogo a rosa e seus acentos

Desçam dos astros o fulgor sobre o firmamento eloquência

Abrigue a noite no silêncio  fugaz que nasce e se veste

De incertezas, de dor e até de encantos.

No tempo! há uma Deusa  que ama e suspira

E, em desejo, morre, vive e sonha

Sonha a frescura da flor, alimento

A vida! O que mais aspira

Ver o sol na flor que a devora

Amar, viver e sonhar no seu tempo...

Escrito por: Angelina Alves

"A sombra da timidez"

Ouço o som da harpa

Esperava por ti no lago, fervia meu sangue 

Havia encanto na sombra da lua na noite

Folhas vivas floresciam em graça

  A noite tomou formas num instante

O som da harpa  fez eco no lago ao cume do monte...

Beijei as folhas vivas

Toquei a água fria do sorriso  em meu contento

Bani o peso lubrico e triste da minha boca

Ao som da harpa o cantar de divas

Habitei com elas por um momento

Na minha garganta muda a voz rouca...

Pensamento de alegria e de impudor

Ardia um corpo em extase de olhos palpitantes

Beijei as folhas vivas, o som da harpa do amor

Avançei, recuei e parei por uns instantes...

Ardeu teu corpo em mim

Sobre lencois mordidos

Por flores com água

Caiu a noite silênciosa assim

Sonhos que nos eram proibidos

A cratera abriu o vulcão, soltou-se a lava...

Entrelaçados os dedos

Os bordões da melodia

Desfez-se a embriegues

Diluiram-se todos os medos

O som da harpa, ainda se ouvia

Na sombra, da sombra da timidez...

Escrito por: Angelina Alves

"Estado de Alma"

Queria eu entrar nas estrelas por alguns instantes

Aspirar livremente um ar embalsamado

E, vogar, vogar de luz em ondas deslumbrantes

Perder de vista o mundo e ver um anjo a meu lado

Lede este meu hino de amor: o mistério que encerra

Soletro o nome de meu pai Meu Deus num olhar ligeiro

Sinto a bênção do fluir  do Céu na Terra

-Amar, viver, ser feliz  por um momento passageiro-

Queria eu voltar à minha flor ideal de mimo e candura!

Consagraria a Deus a minha vida a minha alma pura

Olho-me na minha inocência, o amor ardendo em chama

Há um sorriso de um Anjo, Acorda-me um mundo que me exclama

Cresci e sorri: á aventura

Um Anjo me chamou com ternura

E amor, carinhos mil...

Sorri à luz da aurora,

Botão que se abriu na hora:

Brotou a vida de uma rosa gentil!...

Escrito por: Angelina Alves

"Transporto para ti"

Transporto para ti meu amigo/a que me lês

Todo o perfume que tem a grata humildade

E acredita que há obras de maravilhas que não vez

Ajudaste a plantar com a semente da tua amizade

Falei-te sobre a história de uma alma linda

Onde a palavra ...poderosa é nunca desistir

Que vive a sua dor lutando pela sua própria vida

E com a Graça de Deus nunca deixou de sorrir

Transporto para ti meu amigo/a que me lês

Toda a generosidade que minha alma tem par dar

Na terna esperança que um dia talvez

Para todos nós o sol volte a brilhar

Amar é sofrer tal martírio 

Sem nunca perder a esperança

Amar incondicionalmente o seu filho

Mesmo quando a dor tanto nos cansa

Transporto para ti todas as conquistas do bem

Todos os sorrisos que o amor emana e encerra

Todos os perfumes da doce Primavera

Transporto para ti toda a gratidão que minha alma tem

Queridos amigos e conhecidos. Todos nós já recebemos e-mails pedindo ajuda normalmente por doença. Este texto não é excepção a diferença é que se trata da minha amada filha. Há cerca de dois anos foi-lhe diagnosticado o cancro do colo do recto. Partilhei esta grande dor com alguns de vós, foram poucos, que me perdoem aqueles com quem não partilhei. A minha filha foi operada, fez radio e quimioterapia e quando se pensava que tudo estava a correr bem, o cancro reincidiu no mesmo local. Depois de tantas lutas e adversidades há uma luz ao fundo do túnel. O cancro reincidente pode não ser maligno e sim um abcesso no gânglio linfático. A Carla vai continuar os tratamentos, mas, naturais, sem produtos químicos. Já começou a fazer um tratamento de desintoxicação do sangue, repor os sais e minerais e por em ordem os rins e o fígado que no entanto foram danificados. A minha filha é uma mulher lutadora e nunca desistiu de fazer os tratamentos a que era sujeita, nem mesmo quando queria chorar e as lágrimas lhe queimavam o rosto e, até quando a sua boca completamente em chaga não a deixavam engolir nada, tais eram os efeitos da químio. Os tratamentos que a Carla vai fazer custam 300 euros por mês. Assim deixo aqui um apelo a quem quizer ajudar a minha filha:  O nib da conta: 0010 0000 32194600001 69 BPI Carla Cristina Alves Machado Marques, nascida a 09-08-1971. Como mãe fico grata a quem possa ajudar a Carla.

“O sol ofuscou-se”

O sol hoje não brilhou

 No teu olhar

Mas a vida não se apagou

A tua batalha

Agora começou

Não a podes abandonar

O sol ofuscou-se pelos Céus

Envergonhado ficou assim

Afastado dos olhos teus

Deixando-nos nesta tristeza sem fim

Mas forças nós temos bastantes

Estas forças nos vão  juntar

Todos nós juntos querida filha

Contigo vamos lutar

O sol deixou de brilhar

Mas não deixou de aquecer

O coração de uma grande mulher

Que embora seja triste o seu olhar

Não vai cruzar os braços

Vai com muita força e coragem

Enfrentar a sua doença e lutar para viver

O sol ofuscou-se

Mas ainda não foi embora

Um dia destes volta a brilhar

Fortalecendo tuas forças sem demora

E alegrar teu coração que agora chora

Eu sei que não vais desistir

Porque a tua força interior é grande

Irás lindas melodias ouvir

O hino da vida irás cantar

E aos que tanto te amam irás fazer sorrir

Para que juntos  possamos agradecer

O mistério da vida que te fez nascer

O sol hoje ofuscou-se

Mas ele voltará a brilhar

Com a tua força irás vencer

A doença que agora te faz sofrer

Agarra-te à vida

Filha da minha alma

Minha filha querida

Será um novo renascer.

Escrito por: Angelina Alves.

Setembro quando a minha filha se preparava para ser operada