Ouço o som da harpa
Esperava por ti no lago, fervia meu sangue
Havia encanto na sombra da lua na noite
Folhas vivas floresciam em graça
A noite tomou formas num instante
O som da harpa fez eco no lago ao cume do monte...
Beijei as folhas vivas
Toquei a água fria do sorriso em meu contento
Bani o peso lubrico e triste da minha boca
Ao som da harpa o cantar de divas
Habitei com elas por um momento
Na minha garganta muda a voz rouca...
Pensamento de alegria e de impudor
Ardia um corpo em extase de olhos palpitantes
Beijei as folhas vivas, o som da harpa do amor
Avançei, recuei e parei por uns instantes...
Ardeu teu corpo em mim
Sobre lencois mordidos
Por flores com água
Caiu a noite silênciosa assim
Sonhos que nos eram proibidos
A cratera abriu o vulcão, soltou-se a lava...
Entrelaçados os dedos
Os bordões da melodia
Desfez-se a embriegues
Diluiram-se todos os medos
O som da harpa, ainda se ouvia
Na sombra, da sombra da timidez...
Escrito por: Angelina Alves
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