sábado, 17 de março de 2012





O tempo: Ah! como o tempo é rude
E a vida! A vida é escassa.
Contudo nosso é o ar luminoso
É nosso o sonho que nos ilude
A cada instante que passa
Mas, que nunca  morra o sonho.
Nossos são os brilhantes frutos
Que colhemos da nossa Terra
Doce é a áspera canção
Que nos acolhe, que nos dilacera
Por entre as urzes e os arbustos.
Oh! tu brisa que és fresca, que és leve
Sê tu a pomba branca a amiga ondulante
A aminha cúmplice companheira efémera
O meu sol, o meu luar o meu fruto verde
O meu alimento de alma constante
Sê a minha força, sê a minha Terra.
O tempo: Ah! que como o tempo é rude
Como é precário tudo o que somos
Mas, é bom o tempo que passamos
Com os pássaros, com as flores
A vida, o amor que em tudo pomos
O bem que semeamos por onde andamos
Os bons frutos que colhemos, os bons odores.
Canto no meu tempo a minha sábia adolêscência
Vivo a minha Gloria nos ritos de Vénus que refloresce
Que se abra de fogo a rosa e seus acentos
Desçam dos astros o fulgor sobre o firmamento eloquência
Abrigue a noite no silêncio  fugaz que nasce e se veste
De incertezas, de dor e até de encantos.
No tempo! há uma Deusa  que ama e suspira
E, em desejo, morre, vive e sonha
Sonha a frescura da flor, alimento
A vida! O que mais aspira
Ver o sol na flor que a devora
Amar, viver e sonhar no seu tempo...

Escrito por: Angelina Alves









1 comentário:

Mena disse...

A felicidade murcha como as flores; entretanto, assim como o bom jardineiro sempre tem a seu alcance outras para substituí-las, quem possui conhecimentos pode, também, substituir constantemente os motivos que dão permanência à felicidade na vida. (Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol))
Beijinhos