sábado, 3 de outubro de 2015

"For de Assíria"


Chamás-te-me flor de Assíria
E a princesa da tua vida sonhada
A for que cresce em liberdade - para ti vivia
Era tudo tão simples quando por ti esperava.
Só tu conheces o meu tempo, o numero dos meus dias
Só tu conheces o sabor da minha boca
Poderá alguém decifrar o meu perfil
Mas só tu vives-te dentro das minhas alegrias
Desafias-te o mundo por mim no meio da Arcádia louca
Por entre arbustos, ribeiros  e tréguas de sangue vil.
Por mim chegás-te ao oráculo dos cumes:
A órbita dos mundos rompeu intacta
Regressam a Virgem e os reinos de Saturno
Quando do Céu chovia estrelas juntando os nossos nomes
E, tudo se fundiu numa nuvem de prata
Nasceram filhos dentro de mim; Em todas as vidas contigo durmo.
Renascem em nós os pássaros que somos
Sem ida, sem volta e sem retorno
Neste longo tempo: As asas já doem
As árvores já despidas e as folhas tombam.
Docemente grito a minha liberdade
Doem-me os sapatos, as roupas e doí-me a morte
Tudo o que fomos vive inerte - lealdade
A verdade! a verdade:vigilância na nossa face - sofre.


Escrito por: Angelina Alves


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