terça-feira, 27 de julho de 2010

"EXTRATOS"




Houve tempos que não consegui ver as estrelas no céu. O mistério da dor caiu sobre mim, fazendo-me esquecer que o meu coração era doce. A menina das grandes tranças, fizera-se de repente mulher, entregara-se à sua grande paixão, esquecendo-se que havia um mundo além do seu .Quando finalmente essa menina volta ao mundo de todos os seres, saída do seu castelo dourado, enfrenta os maiores dissabores, as mais incríveis injustiças, invejas e, cai numa profunda melancolia desabando-lhe a mais dura tempestade, mas de onde ela sai passado algum tempo, “um duro tempo,” muito mais fortalecida e cheia de coragem para enfrentar a violência dos dinossauros...

Contudo, nunca deixei de ter dentro de mim, aquela menina doce que sempre fora: e, isso juntamente com a minha alma de guerreira herdada pela pessoa da minha querida avó fez de mim a pessoa que sou hoje, cheia de esperança e fé. Eu acredito que todos nós temos o nosso destino e que quando nascemos já vimos com ele marcado. Pode haver algumas nuances que no momento nos possa parecer fora de contexto, mas, tudo tem um propósito e quando menos se espera as linhas que tinham sido descarriladas decompondo de momento aquelas linhas que pareciam moldar o nosso destino e, haviam descarrilado, voltam a ligar-se e a nossa vida retoma o equilíbrio. Assim aconteceu comigo. Descrevo a minha passagem como a água que corre no rio, seguindo o seu percurso normal, contornando os seus obstáculos, segue sempre em frente, Mas também a água que corre nos rios, um dia por qualquer motivo é desviada e deixa-se de ver a sua corrente aos olhos de quem estava habituado a ver a água a correr pelo rio...

Um grande amor nunca morre e acredito que muitas vezes esse destino que eu acredito, nós nascermos com ele, já tudo planeado por "alguém" supostamente muito inteligente e inigualável, até pode ser um Deus, visto de muitas maneiras por nós, mas que eu penso ser um Deus Bom e misericordioso, é assim que eu acredito em Deus.



"Alma"



Quero ter a minha alma

Cheia de amor

Inefável chama

Que meu coração ateia

Aquecendo meu corpo

E o sangue que me corre

De veia em veia...

Só de amor

Minha alma inflama

Pudesse eu

Atear este fogo

A todas as almas

Mas! Incêndio não germina

Assim escrevo os meus poemas

Nas minhas tardes calmas

Transmito para vós

Esta calma infinda...

Agarro suaves orvalhos

Na minha mão

Aqueço-me no calor de mil sóis

Duas almas num só coração

As tuas mãos nos meus caracóis

Encantam os meus dias

(Angelina Alves)






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