(Esta imagem foi retirada da Google)
Hoje despida de toda a vaidade
Olho-me num espelho sem replica
E o que vejo
A minha outra metade
Ou a metade de um tempo
Do meu tempo de vida
Aquele tempo que havia um castelo
Uma família
E muita alegria
Oh!...
Tempo passado depressa
Tão veloz como o vento
Desse tempo o que me resta?...
Resta nada ou quase nada
Tudo está tão longe
Tão lá atrás que agora
Este meu tempo é outro tempo
Não sinto a espera
Não sinto a demora...
Não preciso da réplica do espelho
Deixei de viver no castelo
A minha casa é a terra
Toda a hora
Para mim é hora
Com amor me revejo
E me encontro
No fresco orvalho
Da minha doce Primavera
Há muito tempo
Que as minhas lágrimas
Se transformaram em sorrisos
As minhas dores
Em esperanças
Meus únicos amores
Meus queridos filhos
Hoje!
Despida de vaidade
Vivo o meu sonho
O sonho da minha liberdade.
(Angelina Alves)
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