terça-feira, 20 de julho de 2010

"UM TEMPO QUE NÃO SE APAGA NA MINHA MEMÓRIA"



Depois de termos atravessado Piza e Génova, entramos em França. Este tempo é para mim inesquecível - seguindo um trajecto dos mais esplêndidos: andamos a pé tendo por perto o mar, onde as ondas balbuciavam entre elas salpicando o nosso corpo quente e aconchegado aquecido por um ardente amor. Continuamos a nossa viagem usufruindo de belas paisagens, planícies cheias de laranjeiras, oliveiras e graciosas palmeiras. Tudo era maravilhosamente encantador: A noite, os numerosos portos de mar, cintilavam iluminados com luzes resplandecentes, enquanto no azul do firmamento brilhavam as primeiras estrelas. O quadro era deslumbrante; subitamente o céu desaparecera, outras maravilhas chegariam. Já instalados num luxuoso hotel, vestimo-nos de gala - estávamos preparados para um jantar no Moulin - Rouge, seguido do mais lindo espectáculo que vi em toda a minha vida. Um grupo de bailarinas representava as quatro estações do ano, dança, música e a mais fabulosa coreografaria composta com um riquíssimo guarda-roupa apropriado para cada estação do ano. Era ainda muito jovem nessa altura teria então os meus vinte anos. O pai dos meus filhos era um homem encantador e sabia todos os truques para me envolver naquelas magias adequada aos apaixonados. Tudo era envolvente. Mais uma noite em Paris de visita às mais belas catedrais que tenho na memória, Notre - Dame, passeamos pelos Campos Elísios, ( Champs - Élysées) almoço marcado na Torre-Eiffel, magnifico panorama! Simplesmente deslumbrante.




Hoje ainda estendo para ti meus braços

Tantas vezes em pensamento peço auxílio

Tacteio, vacilo insegura nos meus passos

Só estou no mundo meu pobre exílio.



Quis eu desfolhar amor pelo caminho

Sorrisos rosas, a mais púrpura rosa

Entras-te na minha vida de mansinho

Tua vida na minha vida suave e mimosa.



Desfolhas-te a rosa! Imagem bela

Foste o meu herói o meu infante

Pintá-te de mil cores o fundo de uma tela

Fui tão feliz durante anos: hoje alguns instantes.



Desfolhada fiz-me mulher sempre risonha

Vi em ti um homem feliz sempre contente

Feliz! quem a ti se deu: minha alma sonha

Desfolhada: Feliz tão-somente.



Fui a tua rosa, o teu culto e luzimento

Fui a tua êxtase, fui o teu brilho

A rosa que desfolhas-te já a levou o vento

Já ninguém sabe o seu trilho.



"Dedico ao pai dos meus filhos, o único homem que amei em toda a minha vida"



(Angelina Alves)


Sem comentários: