(Imagem elaborada por: Madalena Borges)
Há vida nas veias do meu castelo
Há vida, na vida da minha história
Há vida no feio, há vida no belo
Há vida no templo da minha memória
Contorno o ciclo da minha vida
Bebo-a a tragos saboreando-a
Cada momento cada gota de alegria
Vive esta alma na vida. Cantando-a
Há vida nas veias do meu castelo
E até na noite do silêncio frio
Há vida na pedra e no ferro
Nas sombras e na luz do rio.
Há vida em torno de mim
Na luz que antecede a noite
No orvalho que antecede o dia
Há vida nas águas da fonte
Águas que de ti bebia
Há vida no meu cansaço adiado
Onde as veias de mim aclamam
Por um tudo que parece parado
Olhos da vida que por mim chamam
Há vida no medo e no silêncio
E nas pedras que se calaram
Há vida no que eu penso e não penso
Ah! A cor das palavras que se cruzaram
Nas cores da vida onde a vida não morreu
E, por toda a terra e por todo o céu
Se erga as coisas da vida nomeadas
Haja vida nas palavras caladas
Doí-me a lua que soluça no mar
Doí-me o tempo em meu pleno tempo
E pelos rostos do sol e do vento
Aclamo as veias de mim, num choro de estar
Num choro de ir, choro de morte e de vida
Manter-me de pé, quando o meu castelo caia
(Escrito por: Angelina Alves)
1 comentário:
Belo Blog
Beijinhos da amiga, Araan.
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