sábado, 19 de maio de 2012

(Imagem elaborada por: Madalena Borges)

Há vida nas veias do meu castelo

Há vida, na vida da minha história

Há vida no feio, há vida no belo

Há vida no templo da minha memória

Contorno o ciclo da minha vida

Bebo-a a tragos saboreando-a

Cada momento cada gota de alegria

Vive esta alma na vida. Cantando-a

Há vida nas veias do meu castelo

E até na noite do silêncio frio

Há vida na pedra e no ferro

Nas sombras e na luz do rio.

Há vida em torno de mim

Na luz que antecede a noite

No orvalho que antecede o dia

Há vida nas águas da fonte

Águas que de ti bebia

Há vida no meu cansaço adiado

Onde as veias de mim aclamam

Por um tudo que parece parado

Olhos da vida que por mim chamam

Há vida no medo e no silêncio

E nas pedras que se calaram

Há vida no que eu penso e não penso

Ah! A cor das palavras que se cruzaram

Nas cores da vida onde a vida não morreu

E, por toda a terra e por todo o céu

Se erga as coisas da vida nomeadas

Haja vida nas palavras caladas

Doí-me a lua que soluça no mar

Doí-me o tempo em meu pleno tempo

E pelos rostos do sol e do vento

Aclamo as veias de mim, num choro de estar

Num choro de ir, choro de morte e de vida

Manter-me de pé, quando o meu castelo caia

(Escrito por: Angelina Alves)






1 comentário:

Araan disse...

Belo Blog
Beijinhos da amiga, Araan.