domingo, 30 de maio de 2010

A importancia de uma boa comunicação.

Viver para ser e não viver para ter, esta é uma aprendizagem necessária, para nos ajudar a ver a vida de uma maneira mais simples, pois para ser feliz, não é necessário ter muito dinheiro, apenas o suficiente para fazer face às nossas despesas obrigatórias e não superfulas. Avaliar as pessoas por aquilo que são e não por aquilo que têm, foi uma coisa que aprendi, isto porque aprendi a conhecer-me e a entender o mundo que me rodeia e para que isto aconteça acima de tudo é preciso respeitarmos-nos a nós e ao outro. é de grande importância que as pessoas comuniquem entre si. A comunicação é um intércambio de palavras, gestos, toques e atitudes que facilita as pessoas a um bom relacionamento. Quando não há comunicação perde-se o interesse e tudo começa a desabar. Vem a desconfiança, o desconforto da dúvida que leva muitas vezes à rotura da vida a dois. Quem não foi habituado a comunicar dificilmente é uma pessoa sociável. A boa comunicação deve começar no ceio familiar. Uma criança que vive com uma família onde a comunicação é a palavra-chave  para um bom desenvolvimento educacional, é certamente uma criança confiante e desinibida, pois uma boa comunicação ajuda na compreensão de atitudes e regras a aplicar. é assim que se ajustam deveres e direitos no cumprimento de uma vida futura e sobretudo no casal. A boa comunicação é um dos factores mais importantes no desenvolvimento do ser humano e dá-lhe capacidade de um entendimento mais justo e adequado conforme os valores que lhe são incutidos. As palavras são importantíssimas: Têm é que ser bem aplicadas. As palavras só por si não fazem a comunicação, é preciso escutar e entender, mostrando que estamos interessados no outro através de atitudes coerentes: é transmitir ao outro, interesse pela sua vida e pelas suas emoções. Comunicar deixarmos que o outro sinta a nossa presença mesmo ausente, através de uma musica, um odor, deixar no pensamento aquela palavra que serve de apoio numa hora de saudade e até a própria saudade. 
Tudo isto para dizer: A nossa falta de comunicação e a constante incompreensão no entendimento da nossa linguagem foi um dos factores para o meu desinteresse. Sabias ouvir sim... mas de que servia se não tinhas iniciativa para nada. Pergunto-me se saberias ouvir! ou se essa era uma das tuas atitudes estudadas para não!... É que calar! Não é o mesmo que escutar. 



Caminhei nos vales da minha consciência
Percorrendo as tuas linhas
Às minhas linhas paralelas
Olhei da minha janela a longitude
Do vasto horizonte
O pano de fundo são telas
Em cor uniforme pintadas
A aguarelas...
Senti um vento soprado
Por uma brisa vinda
De um mar transparente
E nas suas ondas olhei as estrelas
E por momentos ainda
Que escassos
Olhei de repente
E...pareceram-me os teus passos...
O teu odor envolvente
Ficou, suave, manso e quis ficar
Senti pulsares frescos e via
Fiquei eloquente
A lua foi-me aconchegando
Olhei a beleza do vale molhado
Pelas lágrimas matizadas
Com a cor da vida
Fui ficando
De todo absorvida
Com o pano de fundo
Cor colorida...
Preenchi o meu silêncio
Foi o revolver
Das madrugadas
Olhar os vales cortados
A lâminas de vento
Levando-te meus recados
Num pensamento quente...
Mas logo sai de tal encanto
A chuva de prata acordou o vale
Que junto ao céu estava ancorado
Os sinos tocaram
O sol despertou
No mar atracaram
 O meu nome e o teu
Os meus sonhos
O vento levou...
.
(Angelina Alves)





sábado, 29 de maio de 2010

Um olhar por cima de um mar distante, onde o toque é apenas imaginário, para nunca me esquecer do seu odor, nem da sua grandiosidade. O mesmo eu pudesse fazer contigo: seria um sinal de esperança... mas!...
As circunstâncias da vida distanciaram-nos a cada dia que passa e já são muitos dias, muitos meses, quase um ano que entre nós não há qualquer contacto. A dor tem vida própria e só  o tempo e a generosidade da existência a podem apagar. Durante algum tempo após a tua última visita a minha casa senti que ainda poderia haver esperança, que poderia estar enganada, que as minhas dúvidas poderiam ser injustas e que afinal tu eras apenas diferente, talvez tímido, talvez distraído, talvez...talvez...  talvez...
Uma das minhas grandes qualidades e sei que tenho algumas, embora poucas, é ser injusta com alguém e, certamente o fui durante a minha vida, mas nunca consciente de tal acto. Ser propositadamente injusto com alguém é como por veneno na nossa própria comida, um dia come-se do próprio veneno e, agoniza-se lentamente na dor que  um dia já corroeu  o outro. A vida encarrega-se de nos dar o que merecemos, quer seja de uma maneira ou de outra. Quer seja de uma forma subtil ou de uma forma mais dura.  Não lamento o tempo que passei contigo, pelo contrário, aprendi muito contigo. Aprendi até a conhecer-me melhor e a valorizar-me ainda mais. Nem mesmo o facto de te ter dito que tu eras o homem por quem  eu esperava. Porque era essa a minha verdade aquando do nosso envolvimento, ainda que tu, sempre tenhas estado ausente como te disse tantas vezes.
Já deixei de pensar que a nossa vida poderia ser vivida a dois faz tempo, deixei de fazer planos  com a tua pessoa, tu desiludiste-me profundamente. Vou escrever aqui  quando achar oportuno, pois tenho esperança que um dia passes por aqui e leias. Mas mesmo assim ainda não deixei de pensar em ti. Hoje recorri ao meu velho lago, aquele que tu acreditas-te não existir até o veres... O sol, foi um convite para ir até lá e sentar-me, com os pés na água embora fria, foi uma sensação muito agradável, refresquei e relembrei alguma coisa que lá tinha ficado de bom, aquando na tua companhia lá tinha estado.

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Há dias que me sinto vazia, esgotada cansada, sem nada para dar, nem receber. Nestes dias enrosco-me numa manta como um bicho, desligo a televisão, o computador, tentando alhear-me da minha própria tristeza, esperando que o dia seguinte me traga a energia que preciso para levar a minha vida para a frente. E claro não há como um dia a seguir ao outro e eu habituei-me a viver um dia de cada vez.
Fixei-me no reflexo da água límpida do lago sem pressa de ir para casa. Somos nós com as nossas atitudes, os nossos passos que vamos construindo o nosso caminho. Há quem corra demasiado depressa e perca a alma no trajecto, há quem mude de ideias e arrisque um atalho e há ainda, "como reza a lenda", quem ponha pedrinhas pelo caminho para não se enganar no regresso a casa. Engraçado que não te consigo ver em nada disto!...
Há também os que não conseguem escolher um caminho, quando na frente dão com uma encruzilhada e preferem voltar para trás. Afinal quem és tu? Ficarei sem saber a que grupo de gente tu pertences!
Alma! não acreditas que a tens...atalho! és muito meticuloso para arriscares...pedrinhas pelo caminho! dá muito trabalho. Encruzilhadas és muito treinado nelas, para te deixares levar.



terça-feira, 25 de maio de 2010

"Silencio"



Sinto o silencio
No meu espaço
Transparente
Onde vivo
Onde escrevo
Onde me sinto gente
Dou um passo
E outro passo
De repente
A nuvem ficou branca
Intransponivel
Fica em mim
Sempre visível
Toco o vento com o olhar
E...se perde
Pelo horizonte intacto.
Sinto o silencio
No meu espaço
Transparente
Aqui permanece
Ainda que hesite
Ou falhe
Ou recomece...
E, longamente se abre
Na minha noite
E, no meu dia
Nada se perde
Nada se desvia...

(Angelina Alves)






Vai dando volta à tua consciência e percebe que eu nada te exijo, que além de seres o teu maior carrasco,  também podes ser o teu maior amigo. Olha o tempo e vê que a vida para nós já não será muito comprida e que há coisas que poderemos viver juntos, tens andado demasiado ocupado com coisas grandes e tens-te esquecido que são as pequenas coisas que fazem as grandes...Nunca uma casa foi começada a erguer-se pelo telhado. Se fosses mais atento, não te deixavas enganar por aquilo que os teus olhos vêm. Olha que nem sempre o que parece é...
Ninguém gosta de se sentir sofucar pensei nisto muitas vezes e é assim que continuo a pensar e, se continuas silenciado é porque queres estar no teu espaço e provavelmente já não queres que eu faça parte dele.Aprendi a ficar quieta, tento controlar a minha vontade de correr para ti como o fiz tantas vezes e foram tantas!...Tu sabes como eu vou atrás de um sonho; o quanto me dedico a algo em que acredito. Certamente te deste conta de que sou muito directa, demasiado óbvia, só aguento o jogo da sedução logo no inicio. Depois canso-me e avanço sem estratégia, doa a quem doer, sei que faço doer, sei que a minha maneira de ser impulsiva nos tem atrapalhado bastante no nosso convívio mas...


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Tudo está ficando como uma recordação... O tempo tem-nos afastado.  As novas tecnologias, as que nos uniram não estão mais a nosso favor, ou então a vida está dizendo que o nosso tempo acabou. Será?...
Este silencio que nos distanciou, está a fazer das nossas vidas, meros espectadores de nós próprios.

No amor temos que dar espaço a quem se ama: saber esperar, saber estar quieto, saber abrir os braços sem pedir nada em troca, como as mães fazem com os seus filhos e os animais fazem com as suas crias. É assim a quietude uma das normas do mundo. Sempre ouvi dizer que não se entra duas vezes na mesma nuvem, hoje eu posso dizer isto, mas no que diz respeito ao amor, este não acaba nunca quando queremos... Podemos sair da nuvem e nem mesmo querendo entrar nela, tentando e...não conseguimos mais entrar. Amar alguém em silêncio, desejar estar com alguém e no entanto por pudor, fica-se quieto, não se arrisca. Vamos-nos apercebendo que o tempo está fugindo de nós e aquilo que pensavamos ser importante, até vai ficando...
As conversas foram sendo trocadas pelo silêncio, foste fazendo ver-me que o meu sonho contigo estava a anunciar o fim como certo. Vai a fazer seis meses que nos vimos, reconheço agora que nos nossos gestos silenciosos já havia um rasto de tristeza que me fazia lembrar a alma dos peixes aquáticos quando moribundos...
A última vez que falamos ao telefone aquando da tua ida da minha casa, senti no tom da tua voz aquela indiferença, como se fosse a despedida final, ou seja senti o desinteresse que já estava instalado no teu coração, fazendo-se notar no teu tom de voz. Agravando tudo quando da tua boca saiu: Não me lembrei de telefonar para ti.
O natal passou e o silêncio permaneceu em nós. Nem sequer a preocupação de um gesto ainda que através da boa educação  de perguntares se a ...!...estava melhor. O engraçado é que: Eu sei que voltarás; não sei se isso é bom ou mau! não sei... Voltarás daqui a meses, daqui a anos, e neste tempo vamos ficar a pensar, como é que somos suficientemente loucos para viver uma impossibilidade e suficientemente sensatos para não sofrer com ela. No entanto eu tenho um pouco mais de sorte, porque vou uns passos largos à tua frente: Já sei onde é a minha casa e já encontrei a minha missão na terra.
 Tu procuras ainda muitos caminhos e por isso ainda não podes escolher nenhum. Já te disse um dia: Gostava que a tua casa fosse o meu coração. Se assim fosse saberias sempre  o caminho de voltar para casa. mesmo que o teu espírito nómado e fugidio te leve sempre as cavernas, onde te refugias do mundo. Mas o meu coração é enorme! Tu bem sabes...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

"ALMA"


Muito cedo senti o chamado da minha alma, desabrochou numa primavera radiosa. Havia um cacho de uvas que tinha amadurecido antes da vindima. Alma carinhosa que dera vida a um corpo que tinha então nascido. Ao longo da vida são-nos incutidas forças  por processos subtis , que escapam à nossa percepção; assim como a flor é bela e suave, também o é a nossa alma. É preciso olhar para a flor com o coração, olhar as suas cores imaculadas e viver como a sua beleza em calma, sentir o bater das asas das aves que voam o silêncio da presumível atmosfera em sintonia suaves belas e delicadas e saber distinguir o cheiro de todas as flores e diferenciar todas as suas múltiplas cores. Com a alma, saber traduzir e condensar todos os belos odores da terra onde há sentimentos intraduziveis...
É pensarmos com a alma nas comoções íntimas que nos fazem sentir que em nossos corações há uma força que o faz vibrar... Há uma luz que vem da visão interior de um mundo reflectido em miniatura que nos faz conhecer a grandeza da nossa alma; como ela é sublime e tem candura. E é tão simples a minha alma! É nesta linda terra  que toda a criatura tem uma alma bela e animada, é como uma flor, suave e delicada. Mas, perdem-se os sinais na aurora, a palavra fica sem expressão: A vida não tem o fascínio do amor, ficamos parados, apenas com o fascínio do amor. Ficamos parados apenas com a percepção, como um livro em branco, sem cor que nunca foi produzido, por isso nunca traduzido. Oh! Como eu gostava poder atrair o doce encanto das almas!...
Trilhei a vida por um caminho austero, onde a beleza deixei de sentir: Fiquei parada num tempo abstracto  e fiquei lá por algum tempo!...
Agora colho a flor balsamica e olho  o doirado e o belo dos odores da vida...Olho o velho cacho da videira amarga do auxilio; Ah como aprendi a estar na vida sem esforço. Descobri que a minha alma é o meu doce segredo infantil... Cantarei e sorrirei sempre, fazendo da minha passagem esboço, na  minha percepção ainda que chegue de uma forma subtil...
(Angelina Alves)

sábado, 22 de maio de 2010

"QUERO"

Agora o meu mundo pede silêncio
Quero um silêncio verdadeiro
Atingível sem medo.
Quero ressoar no mundo inteiro
Quero que este vibra sem estremecer
Quero que os astros se fundam
Em si próprios
Como as águas nos mares...
Quero sentir o cheiro do silêncio
E olhar o cintilante das estrelas
Quero sentir o silêncio a vestir-se de noite
E de dia também
Quero olhar o horizonte e ler nas suas telas
Todo o amor que tem uma mãe
E tantas tantas coisas eu quero ver...
Quero ver flores a brotar no orvalho
Sempre em cada manhã
Quero ver sorrisos nos olhos das crianças
E ver apaziguadas todos os corações
Que sofrem por amor
Que hajam só boas lembranças
Nas ondas dos teus caracóis
Faças um lençol de mar
Para que só o amor lá vá desaguar.
É neste silêncio de forte brandura
Que em nós o amor perdura.
(Angelina Alves)

A recuperação da minha filhota tem sido lenta mas, "GRAÇAS A DEUS", vai para um ano de tratamentos de fisioterapia e quioterapia ela tudo tem feito como lhe é pedido para fazer e assim vai continuar pelo amor que ela tem a si própria e à sua grande capacidade de luta. Eu não estou com a minha filha com a frequência que tanto gostaria. Todos os dias falamos. As abençoadas tecnologias tem esta proeza de aproximação. Aqui está uma presença sempre. Um simples alô ! muitas vezes vale mais que mil palavras e uma presença física constante. Claro que a minha filhota está muito bem acompanhada e dela tem cuidado como sendo a sua própria sombra. Duas pessoas maravilhosas. As duas metades se se complementam na saúde e na doença. Que assim seja até que a morte física vos separe. AMO-VOS MUITO.
Quis o destino que depois de uma tragédia unisse duas famílias, de uma maneira para muitos inatendível, mas aqui quero fazer uma referência, uma vez que para a minha filha a sua irmã mais velha tem sido como uma verdadeira mãe, encorajadora, protectora e sempre amiga. Já dizia a minha querida avó: " Quem meus filhos beija o meu coração adoça. Em outros tempos a revolta que se instalou no meu coração quisera vingança. Hoje o meu coração apaziguou e na sua leveza a grata palavra. MUITO OBRIGADA mulher de alma linda no coração da irmã da minha querida filha. Um muito obrigada também ao pai da minha filha e "à sua estimada esposa" que também mostrou ser uma alma linda. é nas horas de grande dor que se olha à nossa volta e olhamos para quem está junto de nós. Nem sempre a presença é sinónimo de companhia. Há pessoas que na sua distância conseguem estar presentes constantemente: Como afinal "TU" sempre continuas presente .

"O SOL NÃO BRILHOU"

O sol hoje não brilhou, no teu olhar. Mas a tua vida não se apagou, a tua batalha agora começou, tu vais lutar, nós estamos aqui para te ajudar. O sol ofuscou-se pelos céus, envergonhado afastou-se assim, deixando teus olhos tristes e fazendo chorar-me a mim... Mas forças nós vamos ter bastantes, são estas forças que todos nós juntos vamos ajudar a transferir para ti. Vamos ajudar-te a lutar, para que a esperança do teu olhar. O sol hoje não brilhou, mas não deixou de aquecer o coração de uma grande lutadora,. Esta doença tu vais vencer. O sol deixou de brilhar mas ainda não foi embora, um dia destes volta para ficar e manda a tristeza embora. O sol um dia destes volta para ficar, vai fortalecer as tuas forças sem demora., e vem alegar o teu coração que agora chora. Eu sei que não vais desistir, porque a tua força interior é muito grande, lindas melodias irás ouvir, o hino´da vida irás cantar e aos que tanto te amam irás fazer sorrir. Juntos iremos agradecer o mistério da vida que te vai ajudar de novo a viver. O sol hoje não brilhou, mas ele voltará a brilhar, com a tua força irás vencer, o mal que te está a fazer sofrer. Agarra-te à vida filha da minha alma: Minha filha querida, será um novo renascer
A minha Alma é a de uma guerreira mas, as guerreiras também sentem dor. Eu sou uma mulher forte, a vida já me pôs à prova algumas vezes. O tamanho da carga nunca é igual e assim vamos ter que ganhar forças para o próximo tamanho e peso da carga que carregamos às costas e nunca estamos preparados para a próxima, o que podemos ter é mais experiência para a adaptação uma vez que vamos vencendo as nossas batalhas. A Formação e a informação faz de nós pessoas mais aptas para o conhecimento mas, em algumas casos faz de nós pessoas mais vulneráveis quando uma grave doença nos bate à porta na nossa pessoa, ou na de uma pessoa que nos é muito querida, assim como a um filho/a. Eu penso que em alguns casos a ignorância até pode ajudar. Ter a noção exacta da gravidade de uma doença a dor é maior porque tem-se a noção exacta do perigo, tem-se a consciência da gravidade da situação e sente-se incapaz de ajudar, fica-se paralisada perante o sofrimento e a ansiedade da pessoa que tanto amamos. Só o ter muita esperança e a chamada fé, o acreditar que ainda não é o fim da morte física; pois por muito que se acredite que há vida para além da morte é que nos voltamos a encontrar, " como eu acredito" consciente ou inconscientemente nós queremos estar "aqui" juntos. Falar sobre este assunto doí-me certamente mas, de uma certa maneira alivia-me partilhar esta dor. Está quase a fazer um ano que a minha querida filha luta heroicamente contra uma doença que lhe alterou os seus planos, eu prefiro dizer: Que adiou os seus planos. Faz um ano em que numa ida de urgência ao hospital, "diagnóstico" o câncer do colo rectal doença que tem vindo a crescer até na camada mais jovem, mas a vida é isto mesmo, temos de estar preparados que tudo pode acontecer e que as coisas não acontecem só aos outros, nós somos seres humanos e como tal , estamos expostos a todas as vicissitudes da vida. Felizmente a medicina está bastante avançada e sendo a minha filha tão guerreira como é a mãe, porque ela tem sido uma grande lutadora a todos os níveis, tenho esperança que logo logo retome a sua vida a onde teve de fazer uma pausa. Para ti minha querida filha meu pensamento de amor sempre.

"ESPERANÇA"


Perdi o medo avancei devagar
Por entre as manhãs de inverno
Inundei-me de grande firmeza
De esperança que sempre tenho
Doce vida que não me deixa parar
As árvores vestiram túnicas brancas
Encheram-se de luz os vales e montanhas
Brilharam nos céus as estrelas
Minha esperança na terra abriu crateras
Soaram melodias das suas entranhas.
Nos mares todos os poderes do mundo
Proa de galeras subiram aos céus
Belas ástes nos navios num segundo
Mostraram tantos encantos seus
Em esperança e harmonia me inundo.
Não sinto dor na minha história
Perdi tanto até o que não sei ainda
Retomei meu tempo na memória
A esperança sempre rompe na aurora
No começo do meu dia. Sinto alegria.
Suave minha vida em pequenos tragos
Saboreio na esperança bem devagar
Sinto o eco dos meus leves passos
Dia após outro, outro dia vai passar
Esperança de ver sempre o sol a brilhar.
(Angelina Alves)

Interessa-me muito a escrita e a leitura. Só em adulta depois de uma vida muito conturbada, comecei a interessar-me de muito por a leitura, a escrita sempre gostei de brincar com as letras fazê-las rimar era uma das coisas que me dava imenso prazer. Fui aperfeiçoando a minha escrita conforme o que ia aprendendo. Acabei por tomar o gosto pela poesia.
Depois de uma vida muito conturbada e que me levou ao isolamento total (como já referi), dediquei-me ao conhecimento de algumas filosofias, ou seja de alguns modos de vida onde encontrei a minha paz. "Conheci uma pessoa descrente de tudo ou quase tudo, que dizia com muita frequência: Eu não acredito! mas, é bom que exista". Também quando procurei algo a que me agarrar, precisava acreditar em alguma coisa.
Entre outras coisas dediquei-me à leitura mas, não a uma leitura qualquer, Esoterismo, fascinava-me tudo o que estivesse ligado com o Paranormal, depois de ler alguns livros que me encheram de curiosidade, tais como o Pensamento, o Poder da mente, A Vida para Além da Morte e o fabuloso Livro A Viagem das Almas, este o que me deixou fascinada por este tipo de literatura aguçando a minha curiosidade e levando-me a querer conhecer mais e mais sobre esta matérias. Aprendi como funciona o pensamento e como exerce sobre nós o positivismo e o negativismo sobre o nosso estado de espírito, aprendi a controlar a minha mente a fazer a chamada higiene mental uma vez que esta é a nossa aceitação "muitas das vezes" para dominar as nossas fraquezas físicas e superar as muitas dores que nos vão fazendo mal ao longo da nossa viagem. O pensamento é o nosso principal veículo no processo da nossa consciêncialização.
Um dia li esta maravilhosa frase em algum sítio: "A actividade de pensar confere aos homens "asas" para mover o mundo e "raízes "para aprofundar a realidade. O pensamento faz a grandeza ou a pequinês do homem".
O fascinante livro a Viagem das Almas, que nos fala sobre a vida após morte "que eu acredito", refere-se à continuidade da Alma, Espirito ou Mente de um ser, após a sua morte física. Aprendi que nós temos um Espirito, que veio de algum lugar e para lá voltará depois da morte do nosso corpo físico, ou esta é apenas uma ideia tranquilizadora para que na verdade não tenhamos medo? O medo que sentimos leva-nos a pensar sobre o nada da morte que cortará todos os laços com a familia e com os amigos. A morte faz com que os nossos objectivos terrenos pareçam fúteis. A vida não teria qualquer significado se a morte fosse o fim de tudo aquilo que somos. Eu penso assim. Falando ainda neste livro maravilho da Viagem das Almas, escrito por um médico Inglês, Michael Newton, onde ele dedica este livro à sua amada esposa companheira espiritual, depois da sua morte,
assim como a alguns dos seus paciêntes que sem o seu testemunho este livro não seria possível. Este médico ajudou a resolver muitos dos problemas do foro psiquico recorrendo à regressão de outras vidas, ou ainda regredia a um passado mais longinquo aquando de certos traumas de ínfancia que influênciam negativamente a vida do indíviduo, usando como método a hipnose, método bastante duvidoso à uns largos anos atrás mas, nos dias de hoje é usado em alguns hospitais como apoio a algumas terapias, sobretudo a doenças do foro Neurológico e Psicológico. Estes conhecimentos ajudaram-me a superar a morte da minha querida avó, a pessoa mais importante da minha árvore genaológica, até ao nascimentos dos meus queridos filhos.
Lí ainda outros livros que contribuiram para o enriquecimento deste meu acreditar. A Quarta Dimensão, A Relaçaõ do Espaço Tempo, Portas pPara outros Mundos, A força Vital, Sensibilidade Psiquita etc.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

"Uma das minhas passagens pelo colégio"



Eu teria na altura os meus doze anos, a Celeste e a Esther tinham quinze anos de idade e eram as minhas melhores amiga. Havia entre nós uma grande cumplicidade. Ao domingo era dia de visitas dos nossos familiares, nós sempre nossa juntávamos para entre nos dividirmos as coisas que os nossos familiares nos levavam. Não nos era permitido ficar com dinheiro se acaso os familiares nos dessem, teríamos de o entregar. Estávamos na altura do Natal e o Carrocel já se fazia sentir. Eram as pessoas que juntas faziam um frenesim que nos chegava até altas horas da noite, era o cheirinho a fartura que nos chegava de uma forma adocicada deixando uma vontade de saborear aquela coisa que para nós era proibida. Ficavamos uma vontade de dar ao pé dançando ao som da musica que nos ia chegando. As irmã gémeas receberam dinheiro dos pais e desta vez decidiram não o entregar. Vamos andar de carrocel e comer fartura disseram elas: Soube então confidênciado por elas que havia uma passagem secreta para a rua, poucas raparigas sabiam. Combinaram com um grupo de cinco amigas, eu era a mais nova mas, era a mais alta assim sempre fazia parte do grupo das mais velhas e porque as gémeas eram minhas amigas e eram elas que tinham o dinheiro. A mim calhou-me de ficar de vigia, mas antes fizemos um pacto de sangue de ninguém dizer nada a ninguém. Picamos um dos dedos com uma agulha até fazer sangue e juntamos os dedos dizendo ao mesmo tempo: Quem falar morre. Eu fiquei muito assustada pois se descobrissem poderia ser expulsa do colégio, mas era a forma de eu entrar no grupo das mais velhas e era o que eu queria. Esperamos pela hora do recreio, apesar de fazer muito frio depois de jantarmos tínhamos sempre meia hora de recreio antes de nos dirigirmos às camaratas para dormir. A tal saída secreta ficava junta ao caramachão o local onde recebíamos as nossas visitas, era uma espécie de estufa de flores, um dos sítios mais lindos e, perto ficava a piscina. Estava tudo apostos a meia hora de recreio para as minhas amigas foi passada na rua, elas não se podiam atrasar, quando o sino tocasse, era hora de recolher, não podia haver atrasos, não podíamos ser descobertas. Chegaram a tempo. Tudo correu bem. Mas coisas não ficaram por aqui, o problema veio depois. Na altura havia umas revistas que traziam umas novelas escritas e que de quando em vez às escondidas entravam no colégio e iam passando de mão em mão mas, sempre com o rigor de as esconder, pois estas revistas eram consideradas escandalosas e portanto, proibidas. Acontece que uma das do grupo lembrou-se de comprar uma revista destas e acabou por ser descoberta. Tudo isto trouxe grande confusão. Depois de grandes ameaças e alguma tortura psicológica, que passava pela sala do silêncio que era uma pequena sala com apenas uma cadeira e uma pequena mesa, composta com um copo cheio de água, que poderia durar vinte e quatro horas seguidas sem comer e sem deitar, ou seja este era o limite do tempo do castigo. poderia durar menos neste caso se ela falasse antes e dissesse quem lhe tinha dado o dinheiro. Havia um outro castigo muito severo e traumatizante, que passava por: Naquela altura havia na dispensa as arcas de açúcar, arroz feijão etc, ai havia também uma arca que estava vazia e era ai que era colocada a menina que entrasse para o castigo e se durasse mais de uma hora dava direito à expulsão do colégio. Estes eram os castigos a que todas temíamos. A Dulce a menina que tinha comprado a revista acabou por dizer que tinham sido as gémeas a dar-lhe o dinheiro, o que levou a que elas fossem expulsas também. Estas nada disseram de quem mais sabia nem sequer falaram da saída pela passagem secreta, caso contrário eu também tinha sido expulsa. Nunca soube se teriam descoberto a tal passagem, porque em casos de expulsão nunca nos deixavam despedir umas das outras. Este foi o natal que mais me custou a passar no colégio. Passei-o sem as minhas grandes amigas e nunca mais soube nada delas.

domingo, 16 de maio de 2010

"PEDAÇOS DE MIM"


Reparti-me em mil pedaços
Deixei-me flutuar
No azul das estrelas
Primeiramente para desfraldar
Lágrimas de amor nas suas tela
Pedaços de mim caíram ao mar
E juntaram-se às caravelas
Pedindo licença para soletrar
O meu nome a naufragar
As letras do meu nome
Perderam-se no sol
Mas seu poder dentro dele vive
Não sei pegar no anzol
Para pescar meus pedaços
Pedaços de mim
Que um dia já tive
Reparti-me em mil pedaços
Os mágicos sinais
Desapareceram de mim
As constelações de girassóis
Não estão mais girando
Eu fico assim
Repartida em mil pedaços
Esperando que a vida
Um dia os vá juntando
Preciso renascer outra vez
Para unir os pedaços de mim
E juntar de novo as palavras
Que vão unir a argila ao orvalho
Que em mim se faça um clarão
Para que das palavras talhadas
Neste meu mundo abalado
Possa dar paz ao meu coração
Juntar todos os meus pedaços
Na ternura de uma afeição.

(Angelina Alves)





Há una anos atrás a minha falta de experiência e conhecimentos pela realidade da vida, pois vivia numa redoma de vidro onde a minha realidade eram futilidades, desconhecendo o outro lado da vida, aquela onde as pessoas lutam pela sobre vivência, eu, vivia numa sociedade de aparências onde as pessoas são avaliadas por aquilo que possuem e não por aquilo que valem como seres humanos. Vivi encurralada num mundo que não era o meu, onde a minha ingenuidade me prende a uma paixão cega vivida durante mais de vinte anos. Acabei por me acomodar deixando que o meu sonho "o de vestir o meu vestido de noiva e subir ao altar" fosse adiado e acabar diluindo. Eu que sou uma lutadora nata ficara presa num tempo em que deixei de ter asas para voar e a minha alma ficara aprisionada de forma a não se sentir a si própria. Hoje sei que as coisas não acontecem por acaso. Tudo na vida tem uma razão de ser e muitas vezes nós temos que passar por certas situações para entendermos que a carga que nos és dada nunca é maior que a nossa capacidade de a suportar. As forças existem em nós, dentro do nosso coração. Nestas alturas ficamos vulneráveis e só lamentarmos a nossa desgraça sem questionarmos que por algum motivo estamos a ser postos a prova até para nós próprios testarmos as nossas capacidades de resistência, quanto mais não for; que seja por nós mesmos. Nesta altura eu pouca coisa entendia da vida: Não pensava que a vida de repente dá uma reviravolta e vira tudo ao contrário. Eu estava bem e assim pensava que tudo iria ser para sempre. A minha missão não era aquela, o que estava para chegar iria ser uma faze da minha vida muito dura mas foi certamente a minha fase mais rica ao encaminhar-me para uma vida mais espiritual, mais despida de bens materiais e bem mais absorvente a todos os níveis. Passei por muitas provações e privações, avancei e recuei muitas vezes, acreditei e desacreditei, porque era mais fácil desacreditar. Quando se entra num determinado caminho e se tem conhecimento que para estar nele temos de nos integrar a cem por cento para podermos crescer de maneireira que se acredita ser a correcta, temos que avançar, quanto mais avançamos mais conhecimento adquirimos e isto dá muito trabalho, porque nos tornamos muito exigentes connosco próprios, mas temos sempre o que nos põe à prova constantemente sobre os nossos actos e atitudes aquando das nossas falhas que se chama "a nossa consciência.

Eu julgava-me uma mulher feliz, tinha sido moldada a viver na sociedade que me fora imposta e sem me aperceber deixei-me instalar na redoma de vidro que viria a estilhaçar em cima de mim de uma maneira tão dura e tão cruel. A sociedade que tanto me tinha elogiado foi a mesma que me escorraçou. Vivi algum tempo com a sensação de um punhal espetado no peito. Os tempos que se seguiram foram muito conturbados. O meu orgulho fez de mim uma guerreira solitária, desinteressei-me de tudo. Fiquei de rastos. O meu negócio caiu, a tempestade apanhou-me e quase me devorou mas...

"DEDICO À MINHA QUERIDA FILHA"


Um pensamento cheio de amor
E de desejo de proteger
Dirigido com muita energia a um ser querido
Cria uma forma
Que vai para essa pessoa
E permanece em sua aura
Como um guardião ou um escudo.
Esta forma de pensamento de amor
Encontrará todas as ocasiões de ser útil
Todas as oportunidades de proteger
E defender a pessoa para quem foi enviada
Mas não por um acto consciente
E voluntário mas sim por
Uma obediência cega ao impulso que a criou.
O resultado será fortalecer as fontes benéficas
Que estão na aura
E debilitar as correntes perniciosas
Que poderiam achar-se nela
Deste modo criamos e mantemos guardiões
É como que mais de uma mãe
A orar pelo seu filho ausente
Assim se constroem barreiras protectoras ao seu redor
Embora hajam ignorado
Como puderam estas orações
Produzir tal efeito.
Envio para ti neste momento
Todo o meu amor na força
Positiva do meu pensamento.
Este meu pensamento vai juntar-se com outras
Forças mentais e vão radiar-se vibrações
Que vão aumentar as tuas forças positivas
Para encher de luz a tua mente
Todos estes pensamentos vão ser absorvidos
Em forma de energia que com muito amor
Vão chegar junto a ti.
O meu pensamento de amor para ti.

(Como te amo minha querida filha)

(A tua mãe)

sábado, 15 de maio de 2010

A montanha passava por uma Instituição para crianças desprotegidas e de alto risco . Despida de toda a riqueza mundana, entro para a instituição de coração aberto e dou às crianças que me foram confiadas o meu colo de mãe, a minha alma de guerreira, o meu despertar. Atingi na instituição o ponto mais alto que poderia ter atingido. Humanamente não me foi possível fazer mais. Mantive-me na Instituição dez anos.
A minha queda vertiginosa em 1992 e como me mantive de pé foi o meu primeiro acto na formação de uma guerreira. O segundo acto de "guerreira", foi toda a problemática com que me debati na mudança sobre um esquema montado e enraizado na instituição com as crianças.
Espero ainda pelo terceiro acto, que será certamente o de uma " guerreira", lutadora mas agora plena de sua consciência e conhecedora que nós não precisamos de viver para ter mas, sim para SER, para viver.
Como já disse a meditação e o conhecimento que adquiri quando frequentei os ensinamentos de Reiki sobre as terapias complementares, onde o objectivo do Reiki é uma técnica simples e extremamente eficaz na reposição do equilíbrio energético e na aquisição do Auto - Conhecimento, é uma qualidade imprescindivel para quem aprende. São importantíssimas as terapias Complementares Relaxamento, Evolução, que passa pelo conhecimento dos Chacras: Tudo isto para dizer que com esta "minha nova filosofia de vida", encontrei o meu equilíbrio.
Para mim viver é acreditar na parte Espiritual da vida, esta é para mim a parte mais lúcida que posso ter. Andar, dormir e trabalhar, pensando que faço parte de algo maravilhoso, ajuda-me a encarar as agruras e vicissitudes da vida a que sistematicamente estamos expostos. Ajuda-me a suportar a dor de ver a minha querida filha gravemente doente. No entanto, não é fácil aceder a esse outro lado, de forma a estar perfeitamente equilibrada. Tenho as minhas lutas constantes.
Culturalmente os Sacerdotes das religiões é que têm acesso aos mistérios divinos e poderiam ajudar-nos. Mas será que é mesmo assim?...
Uma forte nuvem caiu sobre o meu olhar, fazendo cair em cima dos meus ombros o peso da traição, da mentira, aniquilando toda a beleza do horizonte que em mim ainda florescia. Passei dois anos da minha vida a tentar destruir o que ficara de pé, na tentativa de esquecer o grande amor da minha vida que me tinha traído na confiança que então nele depositara. Cai...Mas não afundei. Depois de dois anos de uma vida completamente virada ao contrário, regresso às minhas origens e fico isolada do mundo durante mais dois anos. Foi nessa altura que desesperada sem ter no que acreditar, isto depois de ter entrado em umas quantas religiões, ceitas, crenças e mais sei lá o quê, num daqueles dias em que o peso que se tem aos ombros é tão grande que, até parece que "o mundo vai desabar em cima de nós", que eu comecei a arrumar uma mala onde tinha fotografias e lá encontrei um pequeno livro que uma amiga me tinha dado fazia tempo. O livro era "A viagem das almas".

Estávamos no começo do Inverno e por aqui neste Norte Transmontano começa a fazer frio logo no princípio do Outono. Li este livro e fiquei encantada com o seu conteúdo. Foi o despertar para o que sempre esteve em mim mas, eu nunca tinha encontrado esse caminho por falta de conhecimentos nunca entendi o porquê de certas coisas que sempre estiveram por perto mas, sem entender os sinais, passei ao lado do que me poderia ter ajudado muito mais cedo a compreender o porquê de tantas provas. Eu cresci acreditando que era católica de religião, pois todos os ensinamentos que tive foi nesse sentido. No entanto, quando li o livro "A Viagem das Almas", levou-me a ter uma vontade de ler mais e mais sobre o conhecimento sobre "esoterismo", confesso que fiquei fascinada e a pouco e pouco fui encontrando um novo caminho para a minha vida, encontrando assim uma "filosofia de vida", é assim que eu chamo ao meu novo rumo. Dediquei-me à meditação, à leitura e comecei então com a minha escrita. A pouco e pouco fui repondo a minha vida no lugar, deixando para trás os meus castelos desmoronados.


Confesso que desde muito nova me achei diferente, a minha rebeldia e ao mesmo tempo a minha doçura e a tenacidade de uma "guerreira", esta sensação comecei a senti-la desde muito cedo, talvez logo na primária, quando a rebeldia logo se fez notar no colégio interno para onde me mandaram aos seis anos de idade. Lembro-me de ouvir as pessoas que foram cruzando no meu caminho dizerem: tens algo de diferente, há qualquer coisa... Eu sempre me revi nestas palavras
A minha paixão cegara-me e durante mais de vinte anos vivi acomodada no luxo de uma vida aparentemente sã e desprovida de necessidades financeiras.
Foi quando precisei de dinheiro para comer, "estava eu com quarenta e dois anos de idade e o chão se abriu aos meus pés", ao olhar o alto da montanha onde poderia ir buscar o pão para comer e vi o quanto poderia ser difícil lá chegar para comer o meu pedaço de pão tão necessário ao meu organismo já tão debilitado. A minha "alma de guerreira" expandiu em mim e subi à montanha que estava tão alta mas, tão docemente atingível.


Eu planto os meus sonhos no meu jardim secreto e no fim do entardecer, choro pelo sol que deixou de me ver, balbucio o nome do mar que logo a mim se vem juntar, de caminho vem o luar...Fico assim magicamente sonhando até ao amanhecer.
Conheço tão bem todas as flores do meu jardim, são as camélias, as magnólias, são as açucenas e as flores de alecrim, aquelas que alguém me pôs nas mão e, disse: não serem para mim... Continuo assim até que aquela nuvem imaculada corte o silêncio entre o norte e a madrugada.
"Magnólias"
Acordei no silêncio das magnólias
Num perfume solene de túnica branca
Acordei na minha manhã para o mundo
Vesti-me de magnólias veste branda
No perfume de magnólias eu me inundo.
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Neste odor suave perfumo o pensamento
Olho a tela colorida das estrelas no céu
Espalhadas por todo o firmamento
Acordo na magia deste sonho meu e teu.
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Olho a proa da galera dos céus
Sinto o silêncio de los ângulos frios
E na singela pluma leve
Formas de pensamento meus e teus
Enchem o mar de nossos sorrisos.
*****************************************
Acordei no silêncio das magnólias
Revendo minha vida em mil metáforas
Habitando num fogo de mil sóis
Contemplando mil luas e mil marés
E sinto o sol original nas minhas lágrimas.
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(Angelina Alves)

"PERMITIS-TE" (DEDICO AO PAI DOS MEUS FILHOS)

"PERMITIS-TE"


Abriguei-te na timidez


Da minha alma


Troca de olhares


Uma e outra e outra vez


Permitis-te


O negro profundo dos teus olhos


Foi-me invadindo


Seduziste-me com o teu encanto


Com a tua calma


E de passo brando


Tu foste o sol que veio sorrindo


Segredando no pergaminho


Da minha alma


Deste-me o calor de mil sois


Plantas-te nos olhos meus


Flocos de neve brilhando


Enfeitas-te de rosas os meus caracóis


Chamaste-me de princesa


Depois de rainha


E um dia na realeza


O desmoronamento caia...


(Angelina Alves)








"EU SOU ASSIM2



E u tenho os meus defeitos mas, já deixei de ser ansiosa e de

ficar irritada com facilidade. Passei a pensar sériamente que a minha vida é a minha maior empresa e não posso deixar que ela vá à falência. Se feliz é reconhecer que apesar das agruras da vida, vale a pena viver, pois são os desafios por que passamos, as incompreensões e os periodos de crise que fazem de nós pessoas de coragem. Ser feliz é deixar de ser vítima, dos nossos problemas e de nos tornármos autores da própria história. Sermos capazes de atravessar todos os desertos fora de nós próprios. Ser felis é sermos capazes de encontrar um oásis no recôndito da nossa alma. Ser feliz é agradecermos a Deus, o orvalho doce do acordar a cada manhã e olharmos o milagre da vida com alegria nos olhos. Ser feliz é não ter medo de falarmos sobre os nossos sentimentos,é saber falar de nós mesmos, sem medo de cair no rídiculo, é ter a coragem de ouvir um "não" e, ter a segurança para receber uma critica, mesmo que injusta e, acreditem que eu recebi muitas.

Pedras no meu caminho? Tenho tantas ! Que um dia vou construir um castelo ...Tenho pena de ter perdido tempo com coisas supérfulas. Já sinto algum cansaço na minha vida que não para de girar; mas já não tenho a sensação que ela gira ao contrário. Hoje consigo sentir a vóz da minha consciência. Aprendi a olhar e a escutar tudo o que me rodeia, até mesmo o som do mar que está na memória do meu pensamento o consigo escutar, o silêncio que me ajuda a escrever e a concentrar. Procuro a tão desejada paz interior é ela que me mantem conectada à vida. Não me arrependo de nada daquilo que fiz na minha vida, talvez lamente ter deixado de ouvir os sinais de alerta que em algumas vezes me conduziram ao caus em alguns momentos da minha vida.

Eu amo os meus queridos filhos, o meu pequeno mundo, a minha cidade que me recebeu depois de longos anos de ausência, o meu cantinho onde habito, a minha poesia, os maus livros, os meus animais, fieis amigos e inseparáveis companheiros e outras coisitas de que não me consigo separar: Algumas pessoas.

Eu sempre tomo um café pela manhã, deixei de fumar o meu cigarrito, isto porque consegui dxeixar de fumar (vai para um ano) .
Eu acredito na sinceridade e bondade do ser humano, embora por vezes reconheça que me enganei mas depois já era... Adoro dançar, ouvir uma boa musica alivia-me a alma e consolame muitas vezes na minha solidão. Não choro, apenas quando para lavar a alma, libertar a dor mas, faço-o sózinha. Dificilmente alguém me vê chorar. E falho: Quando não me consigo entender. Luto sempre, apesar de já me sentir cansada. Eu ganho pouco! Mas, ganho muitos miminhos dos meus queridos filhos. (Apesar de não me ajudarem a pagar as minhas contas), fazem diminuir as minhas mágoas. Na vida eu preciso sentir-me útil, fico muito feliz quando um sonho se realiza, quando alcanço um objectivo.

Hoje eu sou uma mulher calma, serena, tgranquila. Já vivi na turbulência, vivo agora na calmaria. Navegante solitária, sempre em viagem.

sexta-feira, 14 de maio de 2010


As pessoas que iam cruzando comigo na minha viagem sempre iam dizendo algumas frases, tais como "ninguém te dobra"e mais tarde, "és uma guerreira". Engraçado que, desde muito nova eu, me revi nestas palavras. Depois de umas quantas passagens na minha vida de colégio interno onde já tinha passado por algumas situações que me fizeram sentir diferente mas, com falta dos conhecimentos necessários tudo para mim era intendivél e fui muitas vezes usada como chacota das demais pessoas que ali estavam e a quem eu, estava entregue. (Mais adiante falarei).
Estavamos no ano de 1957, eu estava com dezassete anos. Jovem e sonhadora, logo conheci o homem por quem me apaixonei e com ele vivi vinte e dois anos maravilhosos da minha vida. Tive uma vida maravilhosa, vivida como nos contos de fadas onde tudo é perfeito onde reina a maior alegria e se é totalmente feliz, como eu fui, ou pensava que era. Desta união tive dois filhos maravilhosos, que eu amo muito. Desta vivência pouco vou adiantar porque pouco vai ajudar, uma vez que aqui tive uma vida de princesa, o que pouco ajudou para enfrentar a turbulência que em cime de mim iria cair. Apenas dizer que o pai dos meus queridos filhos foi, o único homem que eu amei em toda a minha vida.
Tinha subido ao ponto mais alto da montanha, estava deslumbrada comigo e com a paisagem que via. Tinha atingido o meu melhor estatuto pessoal e profissional, invejado por muita gente. Era ainda muito jovem, bonita, e cheia de predicados muito aplaudidos na sociedade onde me movimentava naquele tempo. Ter uma boa apresentação não é só estar bem vestida. pentada, calçada e estar bem maquilhada. Ter uma boa apresentação é um conjunto de coisas que fazem da mulher, uma mulher atractiva, elegante, desejada e até cubiçada. Ter porte, saber estar fascinante, sempre com um sorriso nos lábios contagiando de alegria a sua envolvência . Eu era assim vista pela sociedade de então. Mas...mas o meu castelo desmoronou-se e tudo caiu sobre mim. É então a partir daqui, que a minha alma de guerreira entra no seu 1º acto.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A minha avó não usava a palavra solidariedade, pois sendo ela analfabeta, esta palavra não constava do seu vocabulário, mas constava a palavra amor, que é universal.Devemos ajudar os outros, os que precisam de nós. A minha avó não só o dizia, como o demonstrava, quando partilhava os seus haveres com os mais necessitados. Este ser humano, era um ser de grande bondade e não sabendo ler nem escrever, deu vida "a vales e montes", com a sua grandiosidade de alma solidária. Por este motivo os seus valores foram-me incutidos de uma maneira tão profunda e prevalecem até hoje, mesmo tendo estado com ela só até aos seis anos como já referi.
Tudo o que é feito com amor, prevalece no nosso coração para sempre, foi assim que minha alma de guerreira ganhou força, nunca baixei os braços: houve tempestades, fortes ventanias, mas a minha história manteve-se junta com os meus valores e princípios com toda a grandeza que ela merece. Sempre renovada , de cabeça levantada e orgulhosa de ter recebido tão bons ensinamentos de uma pessoa maravilhosa como o foi a minha querida avó, que para mim, foi pai e mãe no seu melhor.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Meus queridos amigos. Neste Blog que aqui criei é, para vos falar um pouco mais da minha viagem, como navegante solitária que me tornei. Navegante de uma longa viagem, onde assisti a uma guerra de tantos turbilhões de conflitos e saindo ilesa, considero-me assim uma guerreira. E quem já conhece um pouco de mim, isto é, quem já teve acesso ao meu perfil, sabe a minha idade, o meu nome, onde nasci, onde moro, conhece um pouco daquilo que escrevo, mas de modo algum com substância para analizar quem eu sou.
Um curriculum por muito completo que esteja nunca é por si só matéria suficiente para representar o nosso verdadeiro eu. É com base nisto que, resolvi levantar o véu e falar-vos de mim, das minhas experiências de vida, das minhas alegrias, das minhas tristezas, dos meus avanços e recuos, das minhas conquistas, das minhas percas, das minhas necessidades e da grande luta que tive de enfrentar para manter-me de cabeça erguida e fazer face à vida com as suas vicissitudes e agruras constantes: Isto porque penso que posso ajudar algumas pessoas aquando de algumas passagens em que se pensa que estamos sós no mundo e este vai desabar em cima de nós.

"O SOL VOLTOU A BRILHAR"

O sol brilhou de novo nos teus olhos tristes
Mostrando que a esperança te fez de novo renascer
Cairam do Céu pétalas de rosas óh! vida como existes
Na esperançadeua alma renovada em cada amanhecer

(Angelina Alves)

terça-feira, 11 de maio de 2010



Sou uma combativa exigente, muito activa e muito determinada, isto incomodou muita gente que se cruzou comigo ao longo desta minha viagem. Não sou mulher de cruzar os braços a nada e nunca desisti de lutar pelos meus ideais, sobretudo quando em 1992 fui obrigada a lutar pela minha sobrevivência aquando daquela que eu pensava ser a grande derrocada da minha vida. A vida já me pregou grandes rasteiras. A primeira foi quando fui arrancada do colo da minha querida avó e me levaram para um colégio interno tinha eu então, seis anos de idade. Aqui foram-me incutidas regras e bons princípios, mas a rigides do colégio fizeram de mim uma mulher que cresceu à força e preparada para ser o que na altura era considerado para a mulher:Uma boa dona de casa, boa esposa e mãe de filhos. Poucas mulheres trabalhavam fora de casa. Eu que até era suposto continuar a estudar uma vez que o colégio onde eu estava, até era um dos colégios mais conceituados na altura. Mas outra fatalidade aconteceu. O meu tutor, um tio irmão do meu pai que vivia em Lisboa, não tinha filhos e tinha um bom cargo de chefia na então C.U.F, ficou responsável por mim, pagango o meu colégio que na altura isto em 1957, custava 3€ por mes, (seiscentos escudos). Quando o meu tio morreu, eu estaria com catorze anos. Outra reviravolta na minha vida. Não havia ninguém na minha familia disposto a continuar a pagar o meu colégio,. Estavamos no ano de 1966 e nesta altura cada aluna pagava dez eurus, (dois mil escudos), o que na altura era muito dinheiro. Não podia continuar lá, pois não estava a dar lucro, como tal teriam que despejar-me para dar o lugar a outra, este colégio era muito concorrido e havia familias que estavam anos à espera para porem lá as suas filhas. Era um colégio só para meninas. A casa da viúva do meu tio foi o meu posto cerca de dois anos. Rápidamente abri os olhos e dei o salto.