Apenas o caminho do amor nos permite reconstruir e modificar tudo aquilo que se alterou em nossas vida.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
"ALMA"
Muito cedo senti o chamado da minha alma, desabrochou numa primavera radiosa. Havia um cacho de uvas que tinha amadurecido antes da vindima. Alma carinhosa que dera vida a um corpo que tinha então nascido. Ao longo da vida são-nos incutidas forças por processos subtis , que escapam à nossa percepção; assim como a flor é bela e suave, também o é a nossa alma. É preciso olhar para a flor com o coração, olhar as suas cores imaculadas e viver como a sua beleza em calma, sentir o bater das asas das aves que voam o silêncio da presumível atmosfera em sintonia suaves belas e delicadas e saber distinguir o cheiro de todas as flores e diferenciar todas as suas múltiplas cores. Com a alma, saber traduzir e condensar todos os belos odores da terra onde há sentimentos intraduziveis...
É pensarmos com a alma nas comoções íntimas que nos fazem sentir que em nossos corações há uma força que o faz vibrar... Há uma luz que vem da visão interior de um mundo reflectido em miniatura que nos faz conhecer a grandeza da nossa alma; como ela é sublime e tem candura. E é tão simples a minha alma! É nesta linda terra que toda a criatura tem uma alma bela e animada, é como uma flor, suave e delicada. Mas, perdem-se os sinais na aurora, a palavra fica sem expressão: A vida não tem o fascínio do amor, ficamos parados, apenas com o fascínio do amor. Ficamos parados apenas com a percepção, como um livro em branco, sem cor que nunca foi produzido, por isso nunca traduzido. Oh! Como eu gostava poder atrair o doce encanto das almas!...
Trilhei a vida por um caminho austero, onde a beleza deixei de sentir: Fiquei parada num tempo abstracto e fiquei lá por algum tempo!...
Agora colho a flor balsamica e olho o doirado e o belo dos odores da vida...Olho o velho cacho da videira amarga do auxilio; Ah como aprendi a estar na vida sem esforço. Descobri que a minha alma é o meu doce segredo infantil... Cantarei e sorrirei sempre, fazendo da minha passagem esboço, na minha percepção ainda que chegue de uma forma subtil...
(Angelina Alves)
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