Perdi o medo avancei devagar
Por entre as manhãs de inverno
Inundei-me de grande firmeza
De esperança que sempre tenho
Doce vida que não me deixa parar
As árvores vestiram túnicas brancas
Encheram-se de luz os vales e montanhas
Brilharam nos céus as estrelas
Minha esperança na terra abriu crateras
Soaram melodias das suas entranhas.
Nos mares todos os poderes do mundo
Proa de galeras subiram aos céus
Belas ástes nos navios num segundo
Mostraram tantos encantos seus
Em esperança e harmonia me inundo.
Não sinto dor na minha história
Perdi tanto até o que não sei ainda
Retomei meu tempo na memória
A esperança sempre rompe na aurora
No começo do meu dia. Sinto alegria.
Suave minha vida em pequenos tragos
Saboreio na esperança bem devagar
Sinto o eco dos meus leves passos
Dia após outro, outro dia vai passar
Esperança de ver sempre o sol a brilhar.
(Angelina Alves)
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