As pessoas que iam cruzando comigo na minha viagem sempre iam dizendo algumas frases, tais como "ninguém te dobra"e mais tarde, "és uma guerreira". Engraçado que, desde muito nova eu, me revi nestas palavras. Depois de umas quantas passagens na minha vida de colégio interno onde já tinha passado por algumas situações que me fizeram sentir diferente mas, com falta dos conhecimentos necessários tudo para mim era intendivél e fui muitas vezes usada como chacota das demais pessoas que ali estavam e a quem eu, estava entregue. (Mais adiante falarei).
Estavamos no ano de 1957, eu estava com dezassete anos. Jovem e sonhadora, logo conheci o homem por quem me apaixonei e com ele vivi vinte e dois anos maravilhosos da minha vida. Tive uma vida maravilhosa, vivida como nos contos de fadas onde tudo é perfeito onde reina a maior alegria e se é totalmente feliz, como eu fui, ou pensava que era. Desta união tive dois filhos maravilhosos, que eu amo muito. Desta vivência pouco vou adiantar porque pouco vai ajudar, uma vez que aqui tive uma vida de princesa, o que pouco ajudou para enfrentar a turbulência que em cime de mim iria cair. Apenas dizer que o pai dos meus queridos filhos foi, o único homem que eu amei em toda a minha vida.
Tinha subido ao ponto mais alto da montanha, estava deslumbrada comigo e com a paisagem que via. Tinha atingido o meu melhor estatuto pessoal e profissional, invejado por muita gente. Era ainda muito jovem, bonita, e cheia de predicados muito aplaudidos na sociedade onde me movimentava naquele tempo. Ter uma boa apresentação não é só estar bem vestida. pentada, calçada e estar bem maquilhada. Ter uma boa apresentação é um conjunto de coisas que fazem da mulher, uma mulher atractiva, elegante, desejada e até cubiçada. Ter porte, saber estar fascinante, sempre com um sorriso nos lábios contagiando de alegria a sua envolvência . Eu era assim vista pela sociedade de então. Mas...mas o meu castelo desmoronou-se e tudo caiu sobre mim. É então a partir daqui, que a minha alma de guerreira entra no seu 1º acto.
Sem comentários:
Enviar um comentário