sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"METÁFORA"


O inverno floresceu-me

A tristeza de ti

E deixou no meu olhar

O voo da águia voando

Deixando-se a planar

Eu tudo ouvi e vi

Até o discurso do sábio

Aquele que depois o perdi

Aquele que me disse

Que a mentira estava ao lado

Mesmo ao lado de mim

Foste a ausência

Foste o excesso

Foste o direito

Foste o avesso

O tempo juntou

O Inverno e o Verão

Suavizou o meu coração

E do mesmo jeito

Aprendi que a solidão

É diluída no tempo

Onde se perdeu o medo

Onde viver tem razão

Agarrei a audácia da águia

Bebi da fonte a pura água

Fui sarando.

Procurei nos limites do mar

Senti-me poeta através da unidade

Da força da minha alma

Ganhei forças e a contemplar

Juntaram-se as letras do meu nome

Que haviam naufragado

A rosa e o alecrim numa só alma belo

Ficou leve o meu fardo

Reabri o meu Castelo…

(Angelina Alves)

domingo, 2 de outubro de 2011

"Tranquilidade Espiritual"




“Tranquilidade Espiritual”

Todas as aspirações superiores,
São capazes de sentir,
A beleza maravilhosa das operações,
De Deus nas almas.
Pus de parte por momentos,
As minhas preocupações profanas.
Esqueci-me de todas as misérias exteriores:
E transportei meu espírito por um momento de entrega pura.
Tudo em mim sorriu para os céus...
E dos céus tudo para mim sorriu.
Senti nas profundezas de minha alma,
As cordas melodiosas, que só o amor de Deus,
Faz vibrar...
Sinto uma beleza incomparável,
De harmonia com minha alma doce infantil,
Ornada de todas as prendas da natureza,
Do engenho e da graça, germinar numa terra feliz,
De incomparável beleza,
E cheia de muito amor.
Transportei minha alma para um jardim de puras flores,
E num êxtase de amor,  vibrei no seio
Do mais belo e infinito jardim:
 Para cantar a melodia suave da vida,
Senti  a pureza dos espaços imensos,
Senti o cântico imaculado dos vales intocáveis,
O cântico do amor.
Ostensão viva e palpável da beleza sobrenatural
Na alma humana.
Haverá alguma missão na terra,
De alguém ensinar as almas a amar?
Desça esse Anjo de amor e alma pura, sobre a nossa querida terra,
Que ressoe por toda a parte...
Ouça-se a sua melodiosa voz num cântico celeste
 Por todo o mundo,
Onde quer que palpite um coração.
Que possa nele...
Viver uma alma doce e pura!

(Angelina Alves)