domingo, 27 de janeiro de 2013

24/01/2013


Olho a montanha que se perde

Para lá do horizonte longínquo

O prado vasto e verde

Ficou seco, triste, perdido

O dia ficou cinzento

O sol deixou de brilhar

A lua fundiu-se com o vento

Ficou tanta tristeza em cada olhar

Sem sol o dia ficou mais triste

Os vales teimam em ficar

Serenos: folhas secas na dor que existe

Olho o horizonte que se perde no meu olhar

Muito para lá do infinito

Ouço o pranto dos vales que silenciam

A tristeza dos vivos na terra

Que apazigua a dor das aves que criam

Os filhotes e morrem na primavera

Apenas pedaços de palavras

Mastigadas numa grande dor de perca

Como viver - Como viver?

Ah! infinito que te perdes

Para lá do vale perdido

De que forma, com que forças te ergues

Quando te afundas no mar ou num rio?

Vejo pássaros sem asas caídos

Vejo rostos feridos na terra dos vivos

E tu! Meu amor inerte, parada e fria

Apagou-se o sol: Apagou-se a luz do dia.

Viverás para sempre no coração dos teus amigos.

( Filhota amada )

Faleceu: 24/01/2013

Escrito por: Angelina Alves