sábado, 14 de julho de 2012

"Hoje tudo é mais fácil"



Hoje sinto as palavras vindas da lua aberta
Colhi os sorrisos de todas as cores na minha mão
Sinto os "Deuses" espalhados por toda a terra
Hoje sinto paz e alegria no meu coração
Apaziguram-se os vales, as montanhas e o deserto
E, até a bravura do mar acalmou e nas suas ondas silência
A calmaria dos sonhos povoados de si, tão perto
Bailam nas suas ondas os amores da noite e do dia.
Hoje sinto que tudo está mais fácil
Que a dureza da vida deu tréguas à minha alma nua
E, sem vestes me encontro como uma menina lua
Nesta imensidade de luz ainda mais desperta
Hoje reforçada na minha esperança, na minha espera.
Hoje falo para vós, para ti e para vida maravilhosa
Que me encanta, que me entorpece e que me extasia
Hoje esvrevo os meus versos em prosa
Transbordo das minhas mãos a minha alegria
Hoje a delicia extrema do cantar da vida está em mim
A boa noticia entrou no meu coração e adoçou o meu olhar
 Depois da forte neblina,  inesperadamente o sol voltou a brilhar
Em pleno meio dia tocaram os sinos; alegria sem fim.
O influxo traiçoeiro de Vénus desvaneceu do cântico do pássaro
Que se refugiou nas florestas perdidas do amazonas distante
Boas vindas à alegria, ao sorriso,  ao brilho do sol e ao abraço
Hoje sinto que tudo está mais fácil: Que a nossa/tua vida cante.

(Escrito por: Angelina Alves)





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sexta-feira, 13 de julho de 2012



“Extratos da minha viagem”

As lágrimas acabam por possuir um efeito curativo, é que sem dor nada se trata. Em toda a minha vida já chorei mais do que falei. Tantas vezes me sentei no meu sofá afundada na minha tristeza. Tu! Tantas vezes me dizias: Es uma mulher fora da tua época. Na altura pouco entendia das tuas sufisticadas palavras, porque eu, sentia-me tão pequenina junto de ti

Quando finalmente acordei, anestesiada de tanto mimo segredas-te ao ouvido, agarrás-te nas minhas mãos e disses-te: Agora janta comigo. Nessa altura era jovem demais, não tinha premonições, nem ligava nada a essas coisas do destino, eu, achava que era tudo conversa fiada. Achava que cada um tinha o seu destino nas mãos e que eramos nós e só nós responsaveis pelo que nos acontece, mas também sabia que o acaso, por vezes é tão cruel e duro, é como que se Deus se recusasse a assinar por baIxo .

Tive na vida muita companhia; fui criada numa casa cheia de amor e tenho os melhores amigos do mundo, que me ajudam a pensar, a lamber as feridas, a escolher os caminhos novos e a crescer. Mas penso demasiado em tudo, tenho sempre coisas para dizer aos outros e sei que os outros, nem sempre têm tempo ou paciência para me ouvir.

Temo que todas as palavras que escrevo não passem de fragmentos de uma confissão. Fico sempre com a sensação que falta o essêncial, que o mais importante ficou por dizer.

Preciso de me sentar todos os dias ao computador e escrever, quase conpulsivamente. Habituei-me à companhia das palavras, ao silêncio da minha casa,  os vales  que avisto da minha janela , aos meus discos de jazz e de música clássica, únicos intrusos admitidos nos momentos de peregrinação interior, que é afinal o que tento fazer neste silêncio opaco. E acreditem muito mais que vontade, é uma nesessidade. É por isso que os musicos tocam, que os pintores pintam, que os escultores esculpem, que os atletas correm. E eu que em criança metia conversa com toda a gente, eu que falo com as flores, com as árvores, com os animais e até com as pedras da rua e dos montes e lhes conto a minha história de vida, mas preciso de me sentar todos os dias na minha secretária e escrever. Escrever sobre vós, sobre mim, sobre ti e sobre a vida….

“Rever a vida é fazê-la renascere”

(Escrito por: Angelina Alves)