terça-feira, 16 de junho de 2015

"Estratos"

O meu sono, são estes versos de espera
São a carinho com que eu por ti aclamo
Esperar é a única coisa não eterna
O meu sono: versos escritos para quem amo.
Mas há o desespero que é o fim da espera
Há a esperança de fazer possível o impossível
Que não seja o sonho utopia nem mera quimera
No meu sono versos de ti, para ti. Imprevisível 
Este nó na garganta fora e dentro
Do meu peito como nos primitivos sonhos
Que até a alma devora. Em ti eu penso
O meu sono peso de espera sobre os meus ombros.
Escrito por: Angelina Alves
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domingo, 14 de junho de 2015

" Estratos"



Recuso-me a não ouvir a melodia dos pássaros
Nem perguntar ao Inverno se a floresta vai florir
As asas dos pássaros não passam de um adeus,
Até um breve volver, unir o céu e a terra em lentos passos,
Os sinos tocam, o sol nasce, a lua adormece e tudo eu vou ouvir
Tudo eu, vejo através dos olhos teus.
E, há um rosto numa rosa quando estou caminhando
Vejo a terra e vejo a água no meu pensamento
Tu já consumida de olhos verdes já sem esperança
Apaziguavas a minha dor com tanto carinho
Entrelaçavas os teus dedos nos meus dedos sem lamento
A melodia dos pássaros cantava a minha esperança
Mas, as nossas almas no fim do rio: Outro caminho.
Eu, procurei nos limites do mar
E também nas letras que para ti escrevo
Tudo o que a mim eu quero negar
Tudo o que só a pensar; eu me atrevo.
Não sei se ergo recordações ou se ergo fugas...
Escrito por: Angelina Alves

sábado, 13 de junho de 2015

"Superaçao"

Nenhum sentimento - como o amor, por exemplo - envelhece juntamente com o corpo. Os sentimentos fazem parte de um mundo onde não existe tempo nem espaço, nem fronteiras.
Paulo Coelho


sexta-feira, 12 de junho de 2015

" A magia da Vida"

A vida repôs nos meus caminhos aromas perfumados, ensinou-me a viver com a força dos rios e dos vales encantados. A magia da vida repôs nos meus lábios todos os sorrisos e devolveu-me aos meus olhos todo o brilho como a transparência cristalina dos mais puros lagos.A magia da vida ensinou-me a reconhecer o brilho de cada estrela, a magia dos mares e a magia da Terra. A magia da vida levou-me ao fundo de mim à minha essência, à minha Alma. A magia da vida ensinou-me a dissolver todos os males, todas as tristezas. A vida brindou-me com a sabedoria de viver um dia de cada vez: Tranquila e calma.
Escrito por: Angelina Alves


"Estratos"

                    
               
   Branca e fria na longa luz do silencio
À noite seguiu-se a madrugada
Longa foi a noite, mortal, eterna.
Um vácuo no espaço preenchido, medo
Como uma transparência cristalina afiada
A luz de fundo iluminada por uma lanterna.
As paredes mostravam longas e disparadas 
Linhas em pilares de amarra fria
Desenhavam pensamentos despovoados
No tempo, do tempo que já se fora
E, as pessoas, muitas pessoas que eu mal conhecia
Falavam entre si como nos tempos passados
Novamente tudo se repetia
No meu silencio: O calor dos nossos abraços...
Escrito por: Angelina Alves




quinta-feira, 11 de junho de 2015

" Ventos que se cruzam"

Pelas letras de um verso, sinto o palpitar da tua vida: A tua vida que foi tão plena e tão presente, como naquele dia que vibras-te chorando para dar as boas vindas enchendo-me de alegria. Nasceste cheia de luz para a vida.
Os teus olhos eram verdes azulados, a tua pele delicada como a mais pura seda, os teus cabelos dourados da cor do Sol. Por Lisboa os ventos traziam-me um cheiro a maresia, assim começou a tua - a minha história, que foi tão triste, tão alegre, tão luminosa, com tantos altos e baixos. O sabor do meu espaço onde tudo pode acontecer. A ternura, a solidão, a tristeza e a alegria, a paixão e o desespero, até ver-te morrer na viagem sem volta ao nosso mundo que tudo viu acontecer...
Valem-me agora as mais belas lembranças de ti: Valem-me os ventos vindos de Lisboa cá para o Nordeste Transmontano que me trazem o mesmo cheiro a maresia, o mesmo cantar e o mesmo silencio. Tudo se cruza. Tudo me envolve. Quando penso que há mais de quarenta anos nascia a minha Luz, a que me dava razão de vida, os poemas que então já te dedicava com todo o amor de mãe e até os amigos e amigas que por Lisboa ficaram sem volta. Tudo faz parte da minha história, tão presente na minha memória e como tu minha amada filha, sempre tão presente na minha vida. É em cada letra, em cada verso que eu sinto o palpitar da tua vida. Neste meu espaço cheio de ternura, onde os vales e as montanhas cantam para mim, onde se cruzam os ventos de Portugal e de Espanha e outros ventos que eu nem sei, mas que bem os sinto eu aclamo por ti. Porque por aqui deixas-te a força do teu sorriso, o calor do teu abraço e a ternura pela vida. Estas letras são dedicadas a ti minha muito amada filha. Com todo o amor da tua mãe <3 p="">Escrito por: Angelina Alves



quarta-feira, 10 de junho de 2015

"Estratos"

Vejo no brilho do teu olhar o mesmo amor
Que nele vi o brilho desde o primeiro dia
E, todo o tempo que já passou, desde então:
Longa vai a viagem cheia de muita dor
Mas também cheia de muita alegria
A noite o mesmo som e o dia: Nada foi em vão.
A casa está vazia, mas tão cheio o meu coração
Em cada movimento uma palavra canta e encanta
Tudo o que perto de mim está e tudo o que me rodeia
Tudo faz parte da minha história, fugas emoção
Em cada gesto, cada som. Transparente a luz tão branda.
E, a saudade bate forte como um tremendo furacão
Entra no movimento e na palavra que nunca foi esquecida
E na mesa onde ambos comemos do mesmo pão
Estendido o nosso retrato em cima da mesa vazia...

Escrito por: Angelina Alves







"Dádiva"



Existem os que plantam. Estes às vezes sofrem com tempestades, as estações e raramente descansam . Mas ao contrário de um edifício, o jardim nunca para de crescer e permite que para ele a vida seja uma grande aventura.

Paulo Coelho



segunda-feira, 8 de junho de 2015

" Transformação"



Apesar de todas as injustiças, apesar de acontecerem connosco coisas que não merecemos, apesar de nos sentirmos incapazes de mudar o que está errado em nós e no mundo, o Amor é ainda mais forte e ajudar - nos - há a crescer. E só então seremos capazes de entender as estrelas, os Anjos e até acreditar nos milagres.


domingo, 7 de junho de 2015

"Extractos"

Quando o tempo passa depressa demais
Quando a lua passou a noite escondida
Por detrás das montanhas sem sinais
Que a noite não findou, ainda não é dia.
Um olhar no espelho e o reflexo da luz
Que antes era forte, está brando
O caminho de agora é outro: é outro encanto...

Estratos de: Angelina Alves



"Grandeza"
Talvez o amor nos faça envelhecer antes da hora e nos torne jovens quando a juventude já passou.
Paulo Coelho


segunda-feira, 1 de junho de 2015

Há vida nas veias do meu castelo Há vida, na vida da minha história Há vida no feio, há vida no belo Há vida no templo da minha memória Contorno o ciclo da minha vida Bebo, a tragos saboreando-a Cada momento, cada gota de alegria Vive esta alma na vida. Cantando-a Há vida nas veias do meu castelo E até na noite do silêncio frio Há vida na pedra e no ferro Nas sombras e na luz do rio. Há vida em torno de mim Na luz que antecede a noite No orvalho que antecede o dia Há vida nas águas da fonte Águas que de ti eu bebia Há vida no meu cansaço adiado Onde as veias de mim aclamam Por um tudo que parece parado Olhos da vida que por mim chamam Há vida no medo e no silêncio E nas pedras que se calaram Há vida no que eu penso e no que não penso Ah! A cor das palavras que se cruzaram Nas cores da vida onde a vida não morreu E, por toda a terra e por todo o céu Se erga as coisas da vida nomeadas Haja vida nas palavras caladas Olho a lua que soluça no mar Olho o tempo em meu pleno tempo E pelos rostos do sol e do vento Aclamo as veias de mim, em hino a cantar Aclamo ao sol à lua, ao mar à vida Mantive-me de pé quando o meu castelo caia
(Escrito por: Angelina Alves)

"Para lá da minha visão"

Caminhei nos vales da minha consciência Percorrendo as tuas linhas Às minhas linhas paralelas Olhei da minha janela a longitude Do vasto horizonte O pano de fundo são telas Em cor uniforme pintadas A aguarelas... Senti um vento soprado Por uma brisa vinda De um mar transparente E nas suas ondas olhei as estrelas E por momentos ainda Que escassos Olhei de repente E...pareceram-me os teus passos... O teu odor envolvente Ficou, suave, manso e quis ficar Senti pulsares frescos e via Fiquei eloquente A lua foi-me aconchegando Olhei a beleza do vale molhado Pelas lágrimas matizadas Com a cor da vida Fui ficando De todo absorvida Com o pano de fundo Cor colorida... Preenchi o meu silêncio Foi o revolver Das madrugadas Olhar os vales cortados A lâminas de vento Levando-te meus recados Num pensamento quente... Mas logo sai de tal encanto A chuva de prata acordou o vale Que junto ao céu estava ancorado Os sinos tocaram O sol despertou No mar atracaram O meu nome e o teu Os meus sonhos O vento levou... . (Angelina Alves)