quinta-feira, 7 de novembro de 2013




Tenho fome de meus sonhos
Oh! terra minha e sua plenitude
Porventura comerei carne de toiros
Em meus pensamentos loiros
Na distância sonhos da minha juventude...

Eis-me aqui desnudada de toda a riqueza
Embora coma de manjares não tão pobres
Ficaria eu na mais dura pobreza
Se a mim viera toda a minha beleza
Perdida em um condado de tempos nobres.

Olho-me e vejo no espelho a imagem de mim
As rugas na minha face e os meus cabelos brancos
Marcam a minha história e deixam-me assim
Na rebeldia de sonhos presos em todos os cantos
Em mil sois em mil luas neles revejo encantos.

Sou o tudo e sou o nada de uma vida arrojada
Sou o sonho sou utopia que a vida nunca apaga
Sou a raiva sou a beleza sou a luxuria sou a tristeza
Sou tanta coisa e não sou nada mesmo nada
Porque a vida esta vida já levou a minha beleza.

Mas afinal quem sou eu? Afinal quem eu sou?
Eu sou a alma de mim que já suavizou
Sou a alegria sou o sorriso  de uma vida vivida
Sou o contorno de mim uma alma alegria
Sou um corpo  que minha alma apaziguou. 

(Escrito por: Angelina Alves)


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