sexta-feira, 12 de julho de 2013




Tanto tempo e de ti apenas sei
A letra do teu nome
Que começa por a de amor...
Olhei o teu divagar profuso
E na voz do hino
Cantado por ti a favor
Descobri-te e sem saber conclui
Que nas minhas résteas de vaidade
Tanto me ficou por saber...
Vi em ti
O que em ninguém mais vi
E, na minha alma
Na unidade de mim
Vi tanta tristeza no teu olhar
Foi isso que me fez ficar
Na esperança que tu
Te conseguisses identificar...
Já terminei o meu livro
Onde muito falo de ti
Onde o sol e a lua se encontram
Como a rosa e o alecrim...
A saga morre comigo
Aquela que narra a nossa história
Aquela que me ligou a ti
E te deixou na minha memória
Só a metáfora nas palavras mudas
Foram atiradas ao vento
Um dia alguém me lê
Alguém ficará atento
Será lido tudo o que eu escrevi.
Em lágrimas me lavo
Por me ter lançado nesta rasteira
Bebo das minhas chagas
Quando tenho sede e quero beber
Como do meu sofrimento
Quando quero pão e não tenho o que  comer
Lembro-me da tua razão
Para não deixar-me morrer.
E continuo condenada
Condenada a viver
Alma triste: Triste alma.

(Angelina Alves)







1 comentário:

Mario disse...

Olá Ange,
Cá estou eu de novo, depois de uma longa ausência.
Gostei muito deste belo poema, e prometo visitar-te com mais frequência a partir de hoje.
Grande abraço.