quinta-feira, 12 de janeiro de 2012


(Esta imagem foi retirada da Google)

Inclinei-me sobre o tempo
O tempo que, pelo tempo já passou
Tantos momentos, num breve momento
A seiva da folha a mim se aliou
Inclinei-me sobre o tempo
Onde vi sombras, onde vi luz
Onde vi castelos a voar com o vento
Vi o rico e vi o pobre sofridos na mesma cruz.
Vi o inesgotável de quem não tem pão
Vi a dor de quem sofre pela injustiça
E, senti o cantar do silêncio numa oração
Quando as palavras já gastas ficam caladas sem vida.
Inclinei-me sobre o tempo
Da vida dos pássaros
Na fuga da vida falhada, do desespero
Do grito à vida pela conquista de espaços.
Há uma sombra no tempo
Que nunca se deixou apanhar
Contrariado sopra sempre um vento
Na luz que nunca se deixa pintar...
Inclino-me sobre o tempo
E, olho os pássaros mudos em silêncio dançam
Sobrevoam em  pontas de lâminas com atento
Um bom presságio chega até nós  os sinos tocam...

Escrito por: Angelina Alves 



1 comentário:

Evanir disse...

Parabéns pelo seu lindo poema gostaria muito de ser uma poetisa mais tento entender a alma do poeta.
Um feliz final de semana beijos.
Evanir