quarta-feira, 16 de setembro de 2015



Adiro ao momento, calo e vejo
O que não é de noite, nem é de dia:
O meu mar interior não se esvazia
Em ti eu persisto, corro e beijo.
Há a raiz de sementes soltas em cada canto
Era eu e tu: Eles ao nosso lado
O nosso tempo ficou ferido, mais que de passado
E, ainda há feridas que doem tanto.
Olho as luzes nas alvoradas, moitas, agonias,
E vejo mãos abertas acorrentadas na incerteza
Das noites e dos dias, a pedra dura em que me vias:
Há sempre o veludo das flores, a flor firmeza,
Aquela que cresce até no mato a mais linda para quem tu sorrias
Pela janela entreaberta: O vento soprava leve. Havia pão na mesa.
Adiro ao momento, calo e vejo
O que não é de noite, nem é de dia:
Olho o grande lago e sinto o vento
Escrevo as minhas letras na água
Transpiro musicas de alegria
Na minha chuva do tempo
É este tempo que me ilumina.

Escrito por: Angelina Alves



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