segunda-feira, 28 de junho de 2010

"Cor Purpura"

Olhei o vale ao fundo
Matizado de uma cor purpura
A cor da sabedoria do mundo
A fome da alma encanta-me
Pela noite equilibrada
Imponderável
Há uma nuvem que se perde
Por detrás de um arbusto
Onde o cheiro acre e puro
Nasceram rosas respirando
Contra o vento árido
A melodia canta
A rosa e o alecrim
Juntam seu aroma único
Dançando a valsa das sereias encantadas
Eu descerro as minhas mãos
E no equilíbrio da minha alma
Moldo nas nuvens pensamentos lindos
E com grande emoção
Descubro-te no vale
Matizado de cor purpura
Caminho por esses vales intocáveis
Onde só chega uma alma pura...
Beijo contigo a vida
E, em cada espasmo
Sigo ao teu abrigo
Abrigo amargo
Morrerei contigo...

(Angelina Alves)

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