terça-feira, 14 de junho de 2011

"O VÔO DAS BORBOLETAS"



A beleza das coisa está mais no que conseguimos, do que naquilo que está à nossa volta. A violação dos códigos de honra, as cedências que somos obrigados a fazer, a desilusão por voltarmos tantas vezes à estaca zero, a hipocrisia com que chefes tratam os seus subordinados, só porque tem o estatuto de chefes, quando na verdade não passam de burros ao quadrado, porque não tem sequer a humildade de assumir um erro e isto por falta de competência para assumirem o seu cargo, como para resolver o seu erro. A injustiça ´e as inverdades da vida sempre me doeram muito.

Há cedências terríveis, mas por vezes necessárias, que nos afastam das nossas verdades simples: mas, há muito mais grandeza numa cedência do que no autoritarismo que apenas serve para vincar as distâncias, mas nunca os valores. Não posso sentir que minha vida fique nublada; não serei nunca prisioneira da incompetência, nem do medo, que sistematicamente é aplicada para mostrar quem manda.

Serei observadora, mas nunca calada: serei atenta, mas nunca arrogante: serei lutadora mas nunca injusta; serei suave mas nunca serei capacho de ninguém. Voarei sempre com a liberdade das borboletas.

Hoje não sei o que me doí!

Apenas quero voar o voo das borboletas...




Quero ser borboleta e voar até ao sol

Tocar as estrelas e mergulhar até ao mar

Quero ser a borboleta e o caracol

Quero voar andar na terra e descansar.

Quero ter a força dos dinossauros

Estar atenta e ter a sabedoria

Suficiente para nunca ser injusta

Quero sentir-me viva
Lavar minha alma nos lagos de água pura.

Sou mulher, ah como a vida doí

Mas a luta é uma constante morrerei

De pé como as árvores, o moinho moí

Mas eu como a borboleta voarei.

Não! não afundarei as minhas verdades

Voarei pelas mais altas montanhas

Aos ventos gritarei as minhas vontades

Justiça até ao desgaste das minhas entranhas.

(Angelina Alves)


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