quinta-feira, 2 de junho de 2011

"À PORTA DO SILÊNCIO"


Habitei na aldeia dos teus olhos
Em todas as manhãs de todos os dias
 De todas as primaveras
Bebemos o mesmo vinho
Ouvimos a mesma música
Elegi-te no calor de todos os sóis
Brindamos as mesmas alegrias
Embriagados de sonhos quimeras
Em todo o tempo
Contigo estarei
Há um céu a sorrir
Na aldeia dos teus olhos de habitar
Contigo deixei-me ir
Contigo deixei-me estar
Um cântico de vida veio do mar
O astro brincou no eixo
Extasiando o meu ser 
Desafiando todos os ventos no ar
Beijando o botão de rosa
Bebi do teu orvalho
Caiu água sobre os meus olhos
A minha alma chorou
A água da minha paz
Senti o teu mel na minha boca
Senti o real da tua voz
Como um rio lunar
Contigo eu quis ir
Contigo eu quis ficar
Cantaram os tambores da tristeza
Habitei na aldeia dos teus olhos
E quis contigo dançar
E quis contigo beber a vida
Olhei os teus poros sem respirar
Habitei nos teus olhos para sempre te amar.
O teu mel na minha boca
Como um rio lunar...
(Angelina Alves)

1 comentário:

SOL da Esteva disse...

Anita

Belíssimo Poema de Amor.
Vivência segura de uma aldeia, onde há janelas de olhos e mel.

Bom fim de semana

SOL da Esteva
http://acordarsonhando.blogspot.com/