domingo, 16 de maio de 2010





Há una anos atrás a minha falta de experiência e conhecimentos pela realidade da vida, pois vivia numa redoma de vidro onde a minha realidade eram futilidades, desconhecendo o outro lado da vida, aquela onde as pessoas lutam pela sobre vivência, eu, vivia numa sociedade de aparências onde as pessoas são avaliadas por aquilo que possuem e não por aquilo que valem como seres humanos. Vivi encurralada num mundo que não era o meu, onde a minha ingenuidade me prende a uma paixão cega vivida durante mais de vinte anos. Acabei por me acomodar deixando que o meu sonho "o de vestir o meu vestido de noiva e subir ao altar" fosse adiado e acabar diluindo. Eu que sou uma lutadora nata ficara presa num tempo em que deixei de ter asas para voar e a minha alma ficara aprisionada de forma a não se sentir a si própria. Hoje sei que as coisas não acontecem por acaso. Tudo na vida tem uma razão de ser e muitas vezes nós temos que passar por certas situações para entendermos que a carga que nos és dada nunca é maior que a nossa capacidade de a suportar. As forças existem em nós, dentro do nosso coração. Nestas alturas ficamos vulneráveis e só lamentarmos a nossa desgraça sem questionarmos que por algum motivo estamos a ser postos a prova até para nós próprios testarmos as nossas capacidades de resistência, quanto mais não for; que seja por nós mesmos. Nesta altura eu pouca coisa entendia da vida: Não pensava que a vida de repente dá uma reviravolta e vira tudo ao contrário. Eu estava bem e assim pensava que tudo iria ser para sempre. A minha missão não era aquela, o que estava para chegar iria ser uma faze da minha vida muito dura mas foi certamente a minha fase mais rica ao encaminhar-me para uma vida mais espiritual, mais despida de bens materiais e bem mais absorvente a todos os níveis. Passei por muitas provações e privações, avancei e recuei muitas vezes, acreditei e desacreditei, porque era mais fácil desacreditar. Quando se entra num determinado caminho e se tem conhecimento que para estar nele temos de nos integrar a cem por cento para podermos crescer de maneireira que se acredita ser a correcta, temos que avançar, quanto mais avançamos mais conhecimento adquirimos e isto dá muito trabalho, porque nos tornamos muito exigentes connosco próprios, mas temos sempre o que nos põe à prova constantemente sobre os nossos actos e atitudes aquando das nossas falhas que se chama "a nossa consciência.

Eu julgava-me uma mulher feliz, tinha sido moldada a viver na sociedade que me fora imposta e sem me aperceber deixei-me instalar na redoma de vidro que viria a estilhaçar em cima de mim de uma maneira tão dura e tão cruel. A sociedade que tanto me tinha elogiado foi a mesma que me escorraçou. Vivi algum tempo com a sensação de um punhal espetado no peito. Os tempos que se seguiram foram muito conturbados. O meu orgulho fez de mim uma guerreira solitária, desinteressei-me de tudo. Fiquei de rastos. O meu negócio caiu, a tempestade apanhou-me e quase me devorou mas...

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